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23 de abril, de 2018 | 09:49

Onze presos na operação Ares, do Gaeco

Investigados são de Ipatinga, Caratinga, João Monlevade e Coronel Fabriciano

Divulgação
Operação Ares cumpriu 14 mandados de busca, apreensão e prisão nesta segunda-feiraOperação Ares cumpriu 14 mandados de busca, apreensão e prisão nesta segunda-feira

A Operação Ares, deflagrada no começo da manhã de segunda-feira (23), pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), integrado pelas polícias Civil, Militar e Ministério Público, prendeu onze pessoas em Ipatinga, Caratinga, João Monlevade e Coronel Fabriciano. No total foram cumpridos 14 mandados de prisão, busca e apreensão, expedidos pela 1º Vara Criminal da Comarca De Ipatinga. Os investigados são acusados de envolvimento com o tráfico de drogas, explosão de caixas eletrônicos de bancos, dentre outros delitos, e vinham sendo acompanhados há vários meses pelo Gaeco.

Como resultado desse trabalho, mais de duas toneladas de maconha foram apreendidas em diferentes situações, uma delas, o caso de uma picape VW Amarok, abandonada em uma rodovia do Mato Grosso com uma tonelada de maconha, depois de um acidente no dia 19 de março. No dia seguinte dois ipatinguenses foram presos acusados de envolvimento com o transporte da carga. Um terceiro passou a ser procurado.

Conforme nota divulgada pelo Gaeco, as investigações remontam há meses e se referem a um esquema criminoso organizado, com finalidade de comercialização e distribuição de grande quantidade de entorpecentes, bem como roubo à mão armada a instituições financeiras (explosão de caixa eletrônico), na região do Vale do Aço, Caratinga e João Monlevade. As investigações apontam que a revenda de substâncias entorpecentes continuava a ser gerenciada por pessoas presas em unidades prisionais.

Segundo o delegado Gilmaro Alves, representante da Polícia Civil no Gaeco, o nome da operação faz referência a um deus grego. “Ares é o deus da matança, da morte, que não dá o valor ao ser humano, assim como as pessoas que são vinculadas a estas organizações investigadas”, explica.

O promotor de Justiça Bruno Schiavo afirmou que além dos crimes de associação criminosa, associação ao tráfico, tráfico e aliciamento de menores, as pessoas envolvidas podem ter ligações com crimes contra a vida. “A criminalidade está interligada. É comum que todas estas organizações pratiquem crimes contra a vida, matando seus rivais ou as pessoas que não paguem a aquisição de entorpecentes”, afirma Bruno.

A operação ainda deve ter outros desdobramentos, como indica o delegado regional da PC, Thiago Alves Henriques. “Em seguida deve ser investigado o destino deste dinheiro, para que esta quadrilha seja realmente desarticulada e perca o poder de aquisição de drogas e armamentos”, avalia o delegado.
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Movimentação

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado afirma que somente a organização investigada trazia para as regiões e cidades apontadas, quase meia tonelada mensal de maconha. Segundo análise dos agentes, Jander Carlos Jerônimo, mesmo recluso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, mantinha contato e fazia utilizar de seu “braço forte fora da unidade prisional”, Juliano José dos Santos, o Juca, contumaz na prática de delitos diversos, possuindo inquéritos por furto, uso de documento falso, dentre outros.

Segundo informações, “Juca” seria o responsável pela aquisição de armas de fogo para serem utilizadas pela quadrilha durante as ações delituosas. A associação criminosa contava com Lorrainy Teixeira, amazia de Juca, com quem mantinha contatos frequentes, além de ser conivente com as práticas criminosas e tirar proveito das vantagens pecuniárias ilegais arrecadadas com a prática do tráfico de drogas e crimes diversos. Na organização criminosa, Juliano José dos Santos, Yuri de Oliveira Maria e Tiago Gonçalves Cabral possuíam relações diretas e estavam no mesmo patamar.

A coordenação se fazia também sobre Tiago Gonçalves Cabral, até então fugitivo do presídio de Barão de Cocais, onde cumpria pena pela prática de tráfico ilícito de drogas, sendo que na ocasião de sua prisão, foram localizados em seu poder cerca de 676 tabletes de maconha. “Durante as investigações foi possível apurar que José Luiz Ermelindo Ferreira, fornecia apoio logístico à organização criminosa alugando veículos para prática de delitos, fugas e para utilização como “batedor” (para avisar da presença da polícia), quando os infratores traziam carregamentos de drogas e armas. Ainda conforme o Gaeco, o grupo criminoso contava com a participação de vários menores de idade para a guarda e revenda da droga.
Grupo é acusado de movimentar semanalmente meia tonelada de entorpecentes na regiãoGrupo é acusado de movimentar semanalmente meia tonelada de entorpecentes na região


Investigados presos

Weslei Saturnino Ferreira, o Pingo, Tiago Gonçalves Cabral, Yuri de Oliveira Maria, Juliano José dos Santos, o Juca, Vinícius Ferreira Gomes, o Moço e Leonardo Lucas de Oliveira Souza foram presos anteriormente no transcorrer das investigações.

Nesta segunda-feira foram presos: Junio Donato Gouveia, que atuava com Gabriel Silva de Oliveira, o Biel, e Pedro Henrique Gomes Amador (presos em Coronel Fabriciano), Lorrainy Teixeira Cruz, amazia de Juca, Nelielson Amorim da Silva e Diego Nascimento Gonçalves (presos em Ipatinga), Jhone Alves Romualdo, o Bolo, foi preso em João Monlevade. Já, José Mário de Oliveira, Reginaldo Roberto de Almeida, Jorge Antônio Gomes, Jhennifer Kelly Gomes Ferreira e Thais do Nascimento Domingos foram presos em Caratinga.



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