19 de abril, de 2018 | 08:52

Residência artística em Frankfurt

Integrante do Hibridus Dança participa de processo criativo na Europa

Rosângela Sulidade, artista que atua no grupo ipatinguense Hibridus Dança, está participando de mais uma residência artística na Europa, que teve início na segunda semana de abril e vai até o dia 22 de maio.

Desta vez ela está em Frankfurt, na Alemanha, onde juntamente com outros artistas brasileiros, contribui para a criação de um trabalho intitulado ‘Zoom’, cuja estreia está marcada para dia 25 de abril, dentro do Im*possible Bodies Festival, em Frankfurt.

Divulgação/ACS GHD
Rosângela (à esquerda) e outros artistas participam da residênciaRosângela (à esquerda) e outros artistas participam da residência
O nome ‘Zoom’ é uma referência aos zoológicos e feiras de humanos que eram realizadas no começo do século XX, onde pessoas das colônias dominadas eram levadas para a Europa com o intuito de serem exibidas e exploradas comercialmente como conquistas do império branco, que discriminava suas características exóticas construídas pela ideia eurocêntrica de ‘outro’.

A segunda referência ao nome é o modo ocidental de se produzir zoológicos, pelo qual permanecemos reféns analogicamente enquanto artistas exóticos, e onde somos ambos, visitantes e animais, peças de exploração.

Rosângela Sulidade
Artista da dança, mulher e negra, desde 2013 Rosângela Sulidade mantém uma parceria com o artista piauiense Marcelo Evelin, e tem viajando por vários países do continente europeu e asiático, levando um trabalho artístico cunhando em Ipatinga, dentro do grupo Hibridus Dança.

Destes processos pessoais nasceram ‘De repente fica tudo preto de gente’, ‘Batucada’ e ‘Dança Doente’, todos do Demolition Incorporada, sob a direção de Marcelo Evelin.

Participou também do trabalho ‘Macaquinho’, que teve grande repercussão nacional devido ao assunto abordado: o coletivo de artistas, explorando uma metáfora do hemisfério Sul, examinava o corpo um do outro.

Agora, em 2018, ela foi convidada para dar continuidade ao processo de estudo sobre a contaminação do Norte como representante da cultura hegemônica, e, portanto, também de próprio corpo.
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