16 de abril, de 2018 | 15:26

Time apático

Divulgação
O pior primeiro tempo de todos os jogos disputados na primeira rodada do Brasileirão foi o do Mineirão, onde o Cruzeiro acabou derrotado pelo Grêmio por 1 x 0. Deu calo nas vistas, pois embora tivesse uma posse de bola ao estilo Barcelona, acima de 70%, o atual campeão da Libertadores não teve objetividade, não criou oportunidades claras de gol, fazendo o goleiro Fábio se tornar um expectador privilegiado em campo.

Houve uma ligeira melhora na segunda etapa, mas no geral, o time de Mano Menezes foi apático, sem força de marcação, ou seja, voltou a jogar muito abaixo do que a gente sabe que pode jogar. Mais atitude, vibração, raça, como se viu na decisão do título estadual, contra o Galo, é o mínimo que se pode esperar de um elenco que está entre os melhores e mais caros do atual futebol brasileiro.

Agora, sem murmurar muito, tem de mudar a chave para a Libertadores, onde terá pela frente o Universidad de Chile (La U), em Santiago, na próxima quinta-feira, às 21h30, no estádio Nacional.

A sonolência apresentada contra o Grêmio precisa acabar, pois um outro resultado que não seja uma vitória, no Chile, irá deixar o Cruzeiro praticamente eliminado já na primeira fase da Libertadores, algo totalmente fora dos planos da torcida e da diretoria.

Outro vexame
O Atlético teve o jogo nas mãos por 73 minutos, quando vencia o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, por 1 x 0, com um golaço de Otero no começo da partida. Mas tomou o empate aos 40 minutos do 2º tempo, e levou a virada, 2 x 1, aos 53, em uma penalidade mal marcada pelo péssimo assoprador de apito goiano.

O vexame poderia ter sido evitado se Gustavo Blanco, Otero e Ricardo Oliveira não tivessem desperdiçado chances claras de gol, que poderiam ter definido uma vitória folgada na etapa complementar.

Vários fatores foram cruciais para mais este vexame atleticano, a terceira derrota seguida. Mas saltam aos olhos os erros do técnico Thiago Larghy ao mexer no time, sendo que desta vez o maior deles foi a saída de Gustavo Blanco, um dos melhores em campo, para a entrada de Yago.

O atacante Roger Guedes foi outro protagonista da derrota, pois ao invés de fazer o simples, quis enfeitar a jogada e errou um passe de calcanhar, possibilitando o contra-ataque que resultou na penalidade e acabou originando o segundo gol vascaíno.

FIM DE PAPO
• O técnico do Galo, Thiago Larghy, sempre direto e objetivo nas respostas, desta vez esteve pior na entrevista coletiva, ao colocar toda a culpa da derrota na arbitragem, quando se sabe que, na verdade, foram os erros da equipe, e os dele próprio, que fizeram um jogo relativamente fácil, contra um adversário que não tem nada de especial, tornar-se mais um resultado negativo.

• A coluna foi escrita antes dos dois jogos de ontem, que completaram a 1ª rodada do Brasileirão. Nas oito partidas disputadas até a noite de domingo foram marcados 24 gols e houve uma média de público pequena, 14 mil pagantes, com tendência para melhorar um pouco mais e se aproximar de 20 mil, a média do ano passado.

O melhor público, 29 mil pagantes, só pra variar, foi registrado na Arena do Corinthians, que venceu o Fluminense de virada, 2 x 1, com dois gols de Rodriguinho no finzinho da partida.

• O pior público na abertura de Brasileirão, para surpresa de toda a crônica esportiva, sobretudo aqui dos nossos grotões, não pertenceu ao América, que estreou com uma bela vitória de 3 x 0 sobre o Sport Recife, domingo, 11h, no Independência, que recebeu nada menos que 8.662 pagantes, bem acima da média do Coelho, que normalmente não passa de 3 mil, quando joga em casa. O pior público foi, isto sim, o de São Januário, com menos de 6.500 pessoas, mostrando que nem mesmo a torcida do Vasco acreditava numa vitória sobre o Galo.

• A primeira rodada do Campeonato Brasileiro, sem contar os dois jogos realizados ontem à noite, entre Botafogo x Palmeiras e São Paulo x Paraná, ficou marcada pelos erros em São Januário e no Barradão, que puseram outra vez a arbitragem no centro do palco e das atenções. Está claro o erro de avaliação dos 12 clubes e da CBF, que decidiram rejeitar o árbitro de vídeo na competição deste ano. Há um disparate entre o que ocorre dentro de campo e o que é mostrado aos torcedores pela TV, com suas dezenas de câmeras.

• O futebol se tornou um esporte confuso e retrógrado. Vejam só: cabe ao árbitro, e só a ele, decidir o que está certo e o que está errado, porém, ele é privado de usufruir da informação que a tecnologia oferece. Esta só é acessível para o público, que, por sua vez, reclama, e com razão, que os erros da arbitragem influenciam diretamente no resultado das partidas. Algo sem noção e ridículo. (Fecha o pano!)
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