14 de abril, de 2018 | 11:46

Cinco favoritos

Divulgação
Está começando mais um Campeonato Brasileiro, que desde 2003 passou a ser disputado por pontos corridos, tornando-se, com este formato utilizado nos principais centros do futebol mundial, a maior e mais importante competição do calendário nacional.

Torna-se, portanto, algo irresistível para torcedores, cronistas, curiosos em geral, dar pitacos sobre quem terá mais chances de conquistar o título, ou uma vaga nas disputas continentais e até mesmo os possíveis rebaixados.
Confesso que, ultimamente, tenho falhado na maioria das minhas previsões, mas como não sou de ficar em cima do muro, claro que não deixarei de dar também os meus pitacos.

Entendo que, pela ordem, cinco times têm mais chances de conquistar o título e assegurar uma vaga na Libertadores 2019: Palmeiras, Grêmio, Corinthians, Cruzeiro e Flamengo. Estes cinco continuam sendo os melhores times e elencos do Brasil, o que, no entanto, não lhes garante a realização de boas campanhas, vide o que aconteceu nos últimos anos com o Atlético, que investiu pesado e era tido como favorito por todos, mas não conseguiu ganhar nada.

Podem ocorrer surpresas e, neste caso, Santos e São Paulo, em fase de arrumação, aparecem com possibilidades de brigar na parte de cima da tabela. Já o Atlético, junto com o Botafogo, Vasco, Fluminense e Internacional, certamente vão ter enormes dificuldades, caso não se reforcem, podendo no máximo brigar por vagas na Sul-Americana e até mesmo flertar com a zona de rebaixamento.

Na degola
O que ninguém deseja é ver o seu time figurar na chamada “zona da degola”, ou seja, os quatro últimos lugares destinados aos rebaixados à Série B.

Neste caso está o América Mineiro, que acaba de contratar o “general”, Leandro Donizete, 35 anos, para usar toda a sua experiência no sentido de comandar um time que tem muitos jogadores jovens, visando se manter na Série A, ao contrário de vezes anteriores, quando subiu e caiu no ano seguinte na mesma velocidade.

Juntamente com o América, são candidatos naturais ao rebaixamento outros clubes que subiram este ano, casos do Ceará e Paraná, além dos contumazes frequentadores da tabela do meio para baixo, como o Sport, Bahia, Atlético/PR e até a Chapecoense, clubes com um nível de investimento bem abaixo dos demais concorrentes.

FIM DE PAPO
Ao menos deveria servir de alerta para todos os clubes participantes a chamada “Lei Guardiola”, do melhor treinador de futebol do mundo, revelada por ele no livro “Guardiola Confidencial”, publicado no Brasil pela Editora Saraiva, a respeito de competições longas, por pontos corridos, que exigem regularidade, como é o caso do Brasileirão: - O título se ganha nas últimas oito rodadas e se perde nas oito primeiras, disse Pep Guardiola, hoje dirigindo o Manchester City, da Inglaterra.

A frase pode ser dita dos dois modos, ou seja, até de trás para a frente, e daria na mesma coisa. A lógica dele faz sentido, pois desde que a fórmula do Brasileirão passou a ser por pontos corridos, com 20 clubes participantes e 38 rodadas, desde 2006 o campeão brasileiro nunca estava abaixo da 8ª posição, ao concluir a 8ª rodada.

Independente do resultado do seu jogo de estreia ontem, no Mineirão, contra o Grêmio, o Cruzeiro está entre os favoritos, por sua força individual e coletiva, tendo agora um elenco ainda mais reforçado com o retorno de Dedé à zaga, depois de um longo período afastado por conta de graves contusões.

Como irá se comportar diante de adversários do seu próprio calibre é a principal dúvida. Nesta temporada, já falhou em dois dos três jogos chamados “grandes” disputados, ao perder de goleada para o Racing na Argentina, pela Libertadores, e também no primeiro jogo da decisão estadual diante do Atlético, no Independência.

O time do Atlético vinha evoluindo e mostrando um bom futebol até perder o título do Campeonato Mineiro para o Cruzeiro, e sofrer outra derrota na última quarta-feira, desta vez para o time reserva do San Lorenzo, na Argentina, pela Copa Sul-Americana. O Galo estreia hoje no Rio de Janeiro, contra o Vasco da Gama, com a necessidade de vencer para abafar uma possível crise, pois a torcida anda prestes a defenestrar a atual diretoria, que só fala em dívidas e que não tem dinheiro para contratar jogadores de qualidade comprovada.

Realidade comprovada à parte, quem comanda um clube com a grandeza do Atlético tem que pensar de acordo com o seu tamanho, por isso é que os atuais “reforços” contratados ficaram bem abaixo das expectativas. Quem teve em passado recente um Ronaldinho Gaúcho vestindo a sua camisa, jamais vai aceitar Erik, Roger Guedes, Samuel Xavier, Gaudezani e outros mais que estão sendo anunciados. Quem se acostumou com caviar dificilmente vai aceitar comer mingau de couve. (Fecha o pano!)
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