09 de abril, de 2018 | 17:25

Título merecido

Divulgação
Foi uma grande final, e o título acabou ficando nas mãos da equipe que, de fato, fez por merecê-lo, - Cruzeiro -, dono da melhor campanha na primeira fase, o que mais investiu na formação do elenco e teve as melhores estratégias nesta decisão.

Porém, ficou a sensação de que este jogo decisivo, disputado no Mineirão, poderia ter sido mais emocionante, não fosse a arbitragem ruim do paulista Luiz Flávio de Oliveira. Aos 21 do 1º tempo, o assoprador de apito expulsou corretamente o meia Otero, do Atlético, por conta de uma agressão ao lateral Edílson, do Cruzeiro, que também agiu de maneira agressiva na jogada e também deveria ter sido expulso.

Ao ficar com um jogador a menos, ainda por cima em desvantagem no placar, pois o Cruzeiro fizera 1 x 0 através de Arrascaeta, aos 3 minutos, o Atlético praticamente deu adeus a qualquer chance de chegar ao título.

Além de perder o seu principal jogador no momento, teve pela frente uma equipe celeste com qualidade técnica superior, determinada, muito diferente do que se viu uma semana antes no primeiro jogo, em que foi derrotada de 3 x 1, no Independência.

Volta por cima
Após ficar quatro anos sem conquistar o título, o Cruzeiro recuperou a hegemonia do estadual e sua torcida tem mais é que comemorar este feito importante. Depois de perder a primeira partida por 3 x 1 e tropeçar diante do Vasco da Gama no Mineirão pela Libertadores, o técnico Mano Menezes recebeu muitas críticas e chegou a ver seu trabalho contestado por parte da torcida, mas usando toda a sua experiência e competência, conseguiu dar a volta por cima.

Desta vez escalou a equipe como deveria ter começado no Independência, com Dedé na zaga e Arrascaeta na frente. O uruguaio e Thiago Neves foram os melhores em campo. O segundo gol, marcado por Thiago Neves no início do segundo tempo, já poderia ter saído na primeira etapa, pois o que se viu quase o jogo inteiro foi um ataque contra defesa, onde o Cruzeiro foi superior e o goleiro Fábio não fez sequer uma defesa.

Com algumas substituições, o técnico Thiago Larghi ainda tentou colocar o Galo no ataque, mas as entradas de Mancuello, Ezequiel e Rafinha liquidaram completamente qualquer chance alvinegra de fazer um gol e botar água no chope celeste.

FIM DE PAPO
O árbitro Luiz Flávio Oliveira não deveria ter sido incluído no sorteio para dirigir o clássico, pelo seu histórico de trapalhadas em decisões estaduais anteriores. Em 12/5/2013, Luiz Flávio dirigiu o primeiro jogo da semifinal do Mineiro no Independência, onde o Galo de Ronaldinho Gaúcho venceu o Cruzeiro por 3 x 0, abrindo caminho para conquistar o título daquele ano na partida seguinte, mesmo perdendo de 2 x 1, diante de 43 mil cruzeirenses, no Mineirão.

Mesmo ganhando de 3 x 0, os atleticanos deixaram o gramado do Independência dizendo cobras e lagartos do árbitro Luiz Flávio Oliveira, que teria deixado de marcar três pênaltis claros a favor do Galo. Já os cruzeirenses atribuíram a culpa da derrota, em muito, à expulsão do zagueiro Bruno Rodrigo, aos 8 minutos do 2º tempo, o que impossibilitou qualquer reação celeste na partida. Com cãibras, na segunda etapa, Luiz Flávio ainda teve de deixar o campo e foi substituído pelo auxiliar Pablo Santos, que conduziu a partida nos 15 minutos finais daquele clássico.

O público presente no Mineirão foi mais uma vez excepcional, 49.906 pessoas, sendo 44.253 pagantes, que proporcionaram uma renda de R$ 1.590.673,00. O público médio do Cruzeiro nos jogos disputados no Mineirão neste estadual chegou perto de 35 mil pagantes, só perdendo para Corinthians e Palmeiras no Campeonato Paulista.

A torcida celeste respondeu positivamente ao esforço da nova diretoria, que investiu pesado na formação do time, visando principalmente o tri na Libertadores, o grande objetivo nesta temporada, onde os resultados ainda não vieram.

Enquanto a torcida comemora o título, os jogadores e o técnico Mano Menezes viram a chave para focar o Campeonato Brasileiro, cuja estreia será neste sábado, às 16h, no Mineirão, contra o Grêmio, que também conquistou o título estadual no Rio Grande do Sul.

Já o Galo não terá tempo para se lamentar, pois amanhã deverá entrar em campo na primeira partida do mata-mata contra o San Lorenzo, na Argentina, pela Copa Sul Americana. Vida que segue. “O futebol, cheio de dúvidas, incertezas, contradições, emoções, alegrias e tristezas, é uma metáfora da vida”. Tostão. (Fecha o pano!)
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