09 de abril, de 2018 | 09:56

Autistas precisam superar obstáculos no mercado de trabalho

Preconceito é a principal barreira para a contratação dessas pessoas, que podem desempenhar diversas funções.

Reprodução
A inclusão depende mais da empresa do que do indivíduo, e o respeito é fundamentalA inclusão depende mais da empresa do que do indivíduo, e o respeito é fundamental

Pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) têm plena capacidade de trabalhar. Essa foi a conclusão apresentada por especialistas durante a programação da Semana de Conscientização sobre o Autismo, que terminou nesta sexta-feira (6/4/18), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Na parte da tarde, representantes de entidades e autistas falaram de suas experiências de inclusão no mercado de trabalho.

Maristela Barros, da Associação de Apoio à Deficiência Nossa Senhora das Graças (Agraça), falou do trabalho de assessoria para inclusão laboral de pessoas tanto com autismo severo (déficits graves em habilidades de comunicação, habilidades sociais pobres e movimentos repetitivos estereotipados) quanto com o chamado autismo de alto desempenho (habilidade social comprometida, mas outros tipos de qualidades desenvolvidas).

“Existem mais de 360 mil vagas disponíveis para as pessoas com deficiência no Brasil, mas a deficiência intelectual não é vista como a melhor opção para a empresa, então a oferta é significativamente menor. A inclusão depende mais da empresa do que do indivíduo, e o respeito é fundamental”, analisou Maristela.

Da mesma instituição, Luciana Braga Guerra citou algumas das características das pessoas com o TEA, como o déficit na comunicação, os interesses restritos e a forma de comunicar, o que pode sugerir insensibilidade. “Eles têm um vocabulário literal, então podem parecer arrogantes e não vão entender metáforas ou figuras de linguagem. Mas possuem inúmeras competências, como a lealdade, a disciplina e produtividade, muito úteis no mercado em diversas funções”, explicou.
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