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07 de abril, de 2018 | 10:09

Domingo de decisão

Divulgação
A vitória no primeiro clássico da decisão do Campeonato Mineiro deu ao Atlético uma boa vantagem em cima do rival, no jogo de logo mais no Mineirão, que vai indicar o campeão estadual desta temporada. O Galo pode empatar ou até perder por um gol de diferença para ser campeão. Sem dúvida, uma vantagem excelente, mas que pode perfeitamente ser revertida, dependendo do desempenho que ambos tiverem durante a partida.

Ao contrário do que se viu durante toda a primeira fase, o otimismo agora passou a ser do torcedor atleticano, que sente o momento positivo da equipe, pois cresceu na hora certa da decisão.

Mas apesar dessa situação favorável ao Galo, que ainda vem embalado pela vitória de goleada, quarta-feira, sobre o Ferroviário (CE), na Copa do Brasil, enquanto o Cruzeiro tropeçava novamente ao empatar em casa com o Vasco, pela Copa Libertadores, a cautela deve prevalecer na hora de fazer previsões sobre o resultado, pois se trata de futebol, o esporte mais imprevisível e complexo do planeta.

Jogão à vista
A expectativa é de um clássico eletrizante, devido à necessidade do Cruzeiro de se abrir para tentar vencer no mínimo por dois gols de diferença, o que pode favorecer os contra-ataques em velocidade do Atlético, uma de suas armas principais.

O massacre que se desenhou no fim do primeiro tempo de domingo passado, no Independência, acabou não se concretizando, e a decisão ficou em aberto neste segundo jogo. A sensação quando o Atlético abriu 3 a 0 no placar era de que o Cruzeiro, um time totalmente perdido em campo, levaria mais um ou dois gols, carimbando o título do alvinegro.

Mas o gol de Arrascaeta mudou o quadro e faz com que o Galo tenha de se desdobrar para garantir a vantagem e dar outra volta olímpica na casa do rival, que a sua torcida costuma chamar de “salão de festas”. No fim, veremos quem tem mais lenha para queimar, se o resultado foi justo, se a arbitragem não interferiu no resultado, enfim, se havia um favorito antes dos 180 minutos desta decisão, esse mudou de lado. Nada mais.

FIM DE PAPO
Atlético e Cruzeiro são praticamente iguais em se tratando do tamanho de suas torcidas. Tomara que não surjam obstáculos e que a ideia de dividir o Mineirão ao meio nos próximos clássicos seja concretizada.

Em matéria de números, estatísticas, o departamento de comunicação do Cruzeiro é excelente e auxilia muito, enviando dados que enriquecem as matérias sobre os jogos. Em relação ao clássico de hoje, informa que será o de número 486 em toda a sua história, que começou no dia 17/4/1921, Cruzeiro 3 x 0 Atlético, amistoso disputado no estádio do Prado, na capital.

Nestes 97 anos de jogos e muita rivalidade, foram 166 vitórias do Cruzeiro, 129 empates, 190 vitórias do Atlético. O Cruzeiro marcou 625 gols e o Atlético 682, com saldo de 57 gols a favor do Galo. Somente pelo Campeonato Mineiro, Raposa e Galo se enfrentaram 269 vezes, com 91 vitórias celestes, 69 empates e 109 vitórias do Galo.

O Cruzeiro marcou 294 gols e sofreu 343, portanto, o saldo a favor do Atlético é de 49. O Cruzeiro não ganha o título estadual desde 2014 e o Galo luta pelo bicampeonato, já que levantou a taça de campeão em 2017.

Ainda sobre números e estatísticas, com os dois gols marcados na última quarta-feira, contra o Ferroviário (CE), o venezuelano Otero, que no momento é o dono do melhor chute do futebol brasileiro, tornou-se o terceiro maior artilheiro estrangeiro na história do Atlético, alcançando a marca de 19 gols. Se continuar assim, em breve irá superar o equatoriano Cazares, que tem 22 gols marcados. Em primeiro lugar absoluto está Lucas Pratto, com 42 gols.

Os primeiros jogos das finais dos campeonatos estaduais pelo país, sobretudo de São Paulo e do Rio de Janeiro, no último fim de semana, mostraram bem como é a nossa relação no futebol. Aqui nos nossos grotões, por pouco não houve uma briga generalizada no fim da primeira partida disputada no Independência. O tumulto após a marcação de um simples arremesso lateral na final paulista mostra o quanto os jogadores são corresponsáveis pela fragilidade do árbitro no campo.

O que se vê, em geral, são 22 homens dentro de campo sem qualquer compromisso com o jogo, autênticos rivais da arbitragem, dispostos a desestabilizá-la, ludibriá-la e se impor à base de truculência, para depois responsabilizá-la por derrotas. A questão é de educação, ou melhor, o que mais falta neste país é educação. (Fecha o pano!)
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