
05 de abril, de 2018 | 17:02
Greve dos agentes no CSE coloca em risco a segurança de visitantes
Foi realizada outra manifestação na tarde desta quinta-feira (5) em frente ao CSE no Centro de Ipatinga, para reforçar as reivindicações
Wôlmer Ezequiel
Roberto Amaral informou que nesta sexta-feira (6) haverá uma reunião para discutir os rumos da greve

Com apenas nove agentes trabalhando e cerca de 60 internos para administrar, o Centro Socioeducativo (CSE) de Ipatinga passa por uma situação delicada. Nesta sexta-feira (6) completa três dias de paralisação da categoria, sem previsão de quando irá terminar. Foi realizada outra manifestação na tarde desta quinta-feira (5) em frente ao CSE no Centro de Ipatinga, para reforçar as reivindicações.
O agente socioeducativo Roberto Amaral explica que para evitar possíveis problemas, também houve mudanças em relação à visita de parentes. Agora apenas um membro da família pode entrar dentro do CSE para visitar o interno. Há um risco lá dentro, pode ser que não aconteça nada em respeito aos pais, mas mesmo assim devemos tomar cuidado, porque temos apenas nove agentes trabalhando e cerca de 60 internos. E caso ocorra alguma rebelião, a Polícia Militar é que terá que entrar para resolver a situação, porque nós não vamos, já que estamos de greve”, avisa.
De acordo com Roberto, nesta sexta-feira (6) haverá uma assembleia em Belo Horizonte para discutir sobre o rumo da greve e sobre algumas propostas apresentadas pelo estado. A categoria irá fazer uma avaliação desses itens para saber se a greve continua ou não, mas vai depender de uma análise, principalmente, das unidades do interior, que são as que mais sofrem com a precarização do serviço prestado e com a falta de estrutura”, conta.
A classe reivindica, entre outros, reajuste salarial, pagamentos atrasados, emissão de carteira funcional, concurso público e porte de arma.
A mãe de um dos internos, Adriana Gomes de Andrade, cobra mais segurança no CSE e proteção dos adolescentes. Nós que somos mães, estamos preocupadas com os nossos filhos lá dentro. Falta mais segurança aqui, os agentes não têm arma para se proteger ou para proteger os próprios internos. Além disso, queremos entrar para visita, mas do jeito que está fica difícil, porque também não temos segurança”, reclama.
Sindpúblicos
Na quarta-feira (4), o Sindicato dos Servidores no Serviço Público de Minas Gerais (Sindpúblicos) participou de uma reunião com o governo, representado pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Barboza Menezes, o assessor chefe de Relações Sindicais, Carlos Calazans e pelo procurador, Sandro Brandão.
O governo atendeu a reivindicação dos analistas e técnicos administrativos do sistema prisional e vai apresentar uma minuta de renovação do acordo de 2015, transformando-o em um novo título executivo extrajudicial (que pode ser executado judicialmente) e se comprometendo a cumpri-lo em sua totalidade em prazo médio de 30 dias a contar do fim das vedações contidas na LRF e na Lei Eleitoral”, afirma a nota divulgada pelo sindicato.
A direção do Sindpúblicos também solicita aos trabalhadores que mantenham o estado de greve até a realização da assembleia, que será realizada no dia 28 de abril. Nesse dia teremos a minuta oficial em condições de ser debatida, analisada e colocada em votação para deliberação dos servidores”, conclui a nota.
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Roberto
05 de abril, 2018 | 17:16Parabéns manos mostra pra esse governo safado q os agentes tem coragem. UE as mãe dos vagabundinhos estão com medinho. Kkkk , agora eles querem q vcs dão segurança pra eles la dentro? UE eles mesmo ñ estão cansado de criticar os agentes, então entram la sozinho e ficam com eles (presos ) eles ñ são anjinhos como dizem os próprios visitantes. Deixem as visitas passar uns apertos pra elrs da valorização aos agentes”