02 de abril, de 2018 | 17:03

Só começou

Divulgação
Até domingo, muita gente vai fazer contagem regressiva para comemorar títulos estaduais, enquanto outros nem vão dormir direito, pensando em como reverter vantagens que viraram pó após minutos de bobeira. Este foi o caso do Cruzeiro, que viu a casa cair em nove minutos, quando tomou três gols e saiu derrotado por 3 x 1 pelo Galo, no Independência.

Já o torcedor do Tigre é só decepção, após mais um péssimo resultado em casa, empate de 1 x 1 com o Democrata/SL, que o obriga a vencer o CAP na última rodada do Módulo II, em Uberlândia, para não depender de outros resultados e ao menos permanecer na divisão de acesso à 1ª Divisão.

Se é que podemos fazer do limão uma limonada, menos pior que o Mamoré de Patos de Minas, concorrente direto do Ipatinga para escapar do rebaixamento, enfrentará o Tupynambás na última rodada, sábado, em Juiz de Fora, que não vai entrar de perna bamba porque vai precisar da vitória para se classificar à fase seguinte da competição.

Em aberto
O Atlético garantiu uma grande vantagem, fez três gols e ganhou o clássico, desconstruindo o favoritismo declarado do Cruzeiro, que venceu 12 dos 14 jogos disputados na fase anterior de classificação, inclusive o próprio rival, no Independência.

O alvinegro fez a melhor partida desta temporada, mas três jogadores merecem destaque especial: o volante Elias, que teve uma atuação exuberante; o artilheiro Ricardo Oliveira, autor de dois gols; e o meia venezuelano Otero, que além de três assistências, obrigou o goleiro Fábio a fazer grandes defesas.

Seguindo a teoria nelsonrodrigueana do “óbvio e ululante”, sabe-se que, nos clássicos entre Galo e Raposa, não adianta só possuir um time tecnicamente superior. É preciso um algo mais de entrega, raça, garra, determinação. E neste jogo, o Galo foi melhor nos quesitos citados acima, por isso saiu vencedor.

Mas, como já foi dito há priscas eras pelo folclórico Paulo Isidoro, que fez sucesso vestindo as camisas dos dois maiores rivais, nas décadas de 70/80 do século passado, “clássico é clássico e vice-versa”.

O gol de honra do Cruzeiro marcado por Arrascaeta, que mais uma vez regulou bem contra o Atlético, deixou o campeonato em aberto. Se veremos domingo uma reviravolta celeste, ou se de novo o “Gigante da Pampulha” será transformado no “Salão de Festas” do alvinegro, só saberemos depois do apito final do árbitro.

FIM DE PAPO
• Nesta edição do Campeonato Mineiro, até a derrota do último domingo para o Galo, o Cruzeiro em momento algum teve sua supremacia questionada. Já o Atlético fechou a fase de classificação oscilante, na terceira posição, atrás também do América. Sofreu três derrotas ao longo da disputa, uma delas para o próprio Cruzeiro, no Independência, por 1 x 0. Se não bastasse ter um time superior, a Raposa ainda entrou na decisão com a vantagem de definir a parada no Mineirão e com o critério de mesmo saldo entre os resultados.

• Mas no futebol não existe fórmula exata. Mesmo com todas as adversidades, incluindo um técnico interino - Thiago Larghy - por mais de 50 dias, que conseguiu dar ao time do Atlético um padrão mínimo de jogo, o time alvinegro foi se encaixando, houve uma notória melhoria do rendimento da defesa, sobretudo de algumas peças sob suspeita, como o equatoriano Cazares e o volante Adilson, até derrotar o América na semifinal, culminando com a vitória sobre o Cruzeiro de maneira inquestionável, ficando bem próximo de conquistar o bicampeonato estadual.

• É desnecessário dizer que este título não representa muita coisa para nenhum dos dois grandes rivais. Mas é fato que a derrota sempre traz algum tipo de desgaste, questionamentos ou turbulência interna. Por conta das expectativas criadas e não confirmadas até o momento, uma eventual perda do título por parte do Cruzeiro de Mano Menezes - cujo salário chega a ser 30 vezes maior que o de Thiago Larghy, o interino do Galo -, poderá causar estragos de proporções inimagináveis.

• O resultado da decisão no próximo domingo ficou mesmo imprevisível. Mas, amanhã, o Galo, pela Copa do Brasil, e o Cruzeiro, pela Taça Libertadores, terão de enfrentar o Ferroviário do Ceará, no Independência, e o Vasco da Gama, no Mineirão, respectivamente. Vida que segue e muitas emoções à vista durante esta semana que só está começando. (Fecha o pano!)
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