Expo Usipa 2024 02 - 728x90

24 de março, de 2018 | 10:12

Domingo de decisões

Divulgação
Serão conhecidos hoje os dois finalistas do Campeonato Mineiro, com grandes chances de dar aquilo que todos esperavam antes mesmo da disputa começar: um confronto entre Galo x Raposa, os nossos dois maiores rivais.
Com o apoio de 40 mil torcedores, o Cruzeiro recebe o Tupi, às 11h, no Mineirão, podendo empatar ou perder até por um gol de diferença para ir à final, já que venceu o primeiro confronto por 1 x 0, em Juiz de Fora.

O técnico Mano Menezes faz o mistério de sempre para divulgar o time que começa a partida, sobretudo em relação ao substituto de Ariel Cabral, que vai cumprir suspensão por ter sido expulso no jogo passado.

Com um elenco qualificado nas mãos, considerado um dos melhores do país, o treinador tem o que se costuma chamar de “agradável” dor de cabeça para escalar o time titular. Ele pode, por exemplo, usar Lucas Romero na sua verdadeira posição e entrar com Ezequiel na lateral, ou simplesmente Bruno Silva e Lucas Silva, um deles no lugar do argentino Cabral.

Na zaga, Dedé vem se destacando e deve continuar titular, mesmo com Léo livre de suspensão. A pergunta que não quer calar é outra: no ataque, Fred volta como titular após se recuperar de contusão? Ou o garoto Raniel, que vem arrebentando nas últimas partidas, o deixará sentado no banco de reservas?

Clássico polêmico
A insistência do técnico Thiago Larghy com o equatoriano Cazares, mantendo-o como titular mesmo debaixo de muitas críticas, e críticas justas, por sinal, pois o jogador de quem muito se espera não vinha jogando bem, começou a dar resultados.

Cazares fez o gol da vitória sobre o América e foi o melhor em campo, movimentando-se como o armador que o time tanto precisa, participando ativamente das jogadas ofensivas e ajudando também na marcação.

Como de costume, ultimamente, por conta da incompetência e falta de bom senso dos cartolas, ajudados pelas lambanças da Federação Mineira e sua comissão de arbitragem, Atlético e América vão fazer hoje à tarde, no Independência, outro jogo tenso e repleto de muita polêmica.

A decisão da vaga na final está em aberto, embora a vantagem agora seja do Galo, que pode empatar para se classificar. Mas o Coelho ferido, fazendo o que mais gostam os seus dirigentes, que é reclamar - com ou sem razão da arbitragem -, vai certamente vender caro o resultado.

FIM DE PAPO
• Não há comparação, nem poderia haver. Ninguém se iguala a ele, Pelé, por tudo o que fez e ainda representa para o futebol brasileiro e mundial. Mesmo assim, mesmo sem o “Rei”, no Chile, em 1962, fomos bicampeões mundiais. E apenas talvez porque tivesse uma geração de craques à sua disposição, o técnico Aymoré Moreira não tenha dito que Pelé era “insubstituível”, como fez agora Tite em relação a Neymar.

• A impressão que tenho é de um certo exagero proposital do midiático e professoral Tite, com o intuito de dar moral e massagear o ego inflado de Neymar, sem dúvida o nosso único craque de verdade, mas que está longe ainda de ser tudo isso que o mestre falou. Mas tenho de concordar com a opinião do jornalista Juca Kfouri sobre Neymar, que, para ele, “está para os meninos assim como Marta está para as mulheres que jogam futebol: no mínimo, dois degraus acima”.

• Confesso que há muito tempo, desde a década de 1990, quando a maioria dos jogadores convocados para servir à seleção passou a ser de “estrangeiros”, jogadores que atuam no exterior e sem vínculo maior com nossos clubes e nossa torcida, me desapeguei da seleção. Mais recentemente, depois de todas essas denúncias e escândalos envolvendo ex-presidentes e o atual da CBF, a dona, quem de fato lucra com a seleção, fiquei ainda mais arredio e me desapeguei de vez.

• Não torço contra a seleção, mas não me deixo contaminar pelo oba-oba da grande mídia, que por razões comerciais tenta despertar o patriotismo do povo, fazê-lo reviver o passado da “pátria de chuteiras” de quatro em quatro anos, a cada Copa do Mundo.

Assisto, por razões de ofício, todos os jogos da seleção, e procuro me informar sobre o que acontece nesse meio. Mas depois desse Ismaily, do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, 28 anos, que aqui no Brasil nunca defendeu sequer um clube da série D, invenção do técnico Tite e convocado para os últimos amistosos, a minha indiferença aumentou ainda mais.

• Fico com o que escreveu há algum tempo na “Folha de São Paulo” o brilhante jornalista Ruy Castro, mineiro de Caratinga, sobre a seleção brasileira da CBF: “As razões são muitas, mas o fato é que a seleção se divorciou do povo. Não é mais o Brasil. Reduziu-se a uma legião estrangeira que, mecanicamente, canta o hino antes do jogo”. Ruy Castro. (Fecha o pano!)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário