23 de março, de 2018 | 22:30

Temer: 'seria covardia não me candidatar'

Mesmo com reprovação de 94% presidente afirma que recuperou o país e quer permanecer na condução dos destinos da nação

Dida Sampaio
Se eu tivesse feito um governo destrutivo para o País eu mesmo refletiria que não dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um País que estava quebradoSe eu tivesse feito um governo destrutivo para o País eu mesmo refletiria que não dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um País que estava quebrado"


O presidente Michel Temer assumiu nesta oficialmente a sua candidatura à presidência nas eleições deste ano. Em entrevista à revista IstoÉ, o político reconheceu que pretende concorrer ao cargo. “Nós esperávamos no início que alguém sairia candidato do governo com essa missão de defender o governo. Ora, se ninguém vai defender o governo, dar continuidade ao que fizemos no governo, eu mesmo faço”, afirmou.

Durante a conversa, Temer garantiu que se orgulha de seu trabalho e que a decisão de se candidatar é resposta a um ‘apelo de alguns setores’ do país para que se mantivesse no cargo. “O que tem acontecido, ao longo do tempo, é que muitos têm dito que isso precisa continuar. ’E quem pode continuar melhor do que você?’, perguntam. […] Acho que seria uma covardia não ser candidato”, declarou.

“Se eu tivesse feito um governo destrutivo para o País eu mesmo refletiria que não dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um País que estava quebrado. Literalmente quebrado. Eu me orgulho do que fiz”, apontou.

Rejeição

Questionado sobre o alto índice de desaprovação de seu governo e uma colocação ruim em uma futura corrida eleitoral, o presidente pontua que os resultados não são certeiros e que muita coisa pode acontecer nos próximos meses. Temer, no entanto, não se mostrou surpreso com sua rejeição.

“Não conduzi a Presidência como se estivesse conduzindo um carro alegórico. Sempre tive muita responsabilidade. As medidas necessárias, estruturantes, podem ser reconhecidas e se tornarem populares mais adiante”.

A edição de março da pesquisa Ipsos/Estadão sobre a aprovação/rejeição das principais figuras públicas do país revelou que Michel Temer tem aprovação de apenas 4% da população e rejeição de 94% (2% não opinaram).
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