21 de março, de 2018 | 17:38

Edital de intercâmbio Circula Minas 2018

Inscrições seguem abertas até dia 31 de agosto, na Secretaria de Estado da Cultura

África, Ásia, Europa, Oceania e todas as Américas. Nos últimos três anos, o Circula Minas levou a cultura mineira aos cinco continentes. O programa de intercâmbio da Secretaria de Estado de Cultura fomentou a troca de experiência, formação de rede de contatos e propagação do fazer artístico e acadêmico a 256 pessoas de diversos campos da arte de Minas Gerais.

Para impulsionar ainda mais os trabalhos e dar visibilidade para a arte produzida no estado, a Secretaria de Cultura lançou, nesta quarta-feira (21), mais um edital do Circula Minas.

O programa de apoio a viagens busca promover a difusão e o intercâmbio da cultura mineira em áreas como artes visuais, circo, dança, teatro, LGBT, literatura, afrodescendente, folclore e outras, exceto a música, que tem um edital próprio. Os interessados podem acessar o edital e os formulários de inscrição no site www.cultura.mg.gov.br.

Carlos Alberto/ImprensaMG/ACS SEC
Contemplados em edital 2017 se apresentaram no lançamento da versão 2018Contemplados em edital 2017 se apresentaram no lançamento da versão 2018
Dividido em quatro períodos de inscrição, o Circula Minas viabiliza viagens por municípios de todo o Brasil e dos cinco continentes do mundo. O investimento é de R$ 300 mil, revertidos em ajuda de custo para despesas com passagens, seguros de viagem, hospedagem e alimentação, entre outras.

A cerimônia de lançamento contou com a presença de diversos artistas contemplados no edital 2017, como as grafiteiras Carolina Jaued, Louise Líbero e Nayara Gessica, do grupo Minas de Minas, que fizeram as malas para Sergipe e foram colorir as ruas de Aracaju com a representatividade da mulher durante um encontro internacional de grafite.

“A gente não teria viajado sem o apoio do edital. Muitas vezes não participamos de um evento porque não temos como arcar com os custos. Além de entrar em contato com uma cultura diferente e sermos afetadas por aquilo, a viagem foi muito importante para nos aproximarmos de outros grupos e conhecer novos trabalhos”, avalia Carolina.

O dançarino Guilherme Veras, do Coletivo Manifesto Um, também esteve no Centro de Referência da Juventude (CRJ), mostrando uma coreografia baseada na música “Matchbox Blues”, de Albert King.

Os dançarinos foram acompanhados pelos músicos Rafael Regali (guitarra), Babys Souza (bateria) e Lucas Sá (baixo). Contemplado também em 2017, Guilherme participou do Festival Blues Baby Blues, realizado em Londres, na Inglaterra.

”O Circula Minas é muito importante para o artista mineiro, permite que atuemos em várias frentes, como na pesquisa, formação e qualificação, e, claro, na rede de relacionamentos. Hoje a gente vive numa sociedade baseada em redes e o intercâmbio é essencial para a ampliação de público e formação de contatos”, pontua.

Entre as inúmeras histórias de artistas contemplados está a de Walleyson de Oliveira. O jovem bailarino saiu de Muriaé (MG) e conseguiu, graças ao Circula Minas, fazer um curso de formação em Nova Iorque.

“A experiência, o convívio com os outros bailarinos e o conhecimento de uma nova cultura já bastariam, mas não foi só isso. Lá eu consegui mais conhecimento artístico e aprendi muito sobre minha profissão”, explica Walleyson, que encantou o público com sua apresentação artística.

A potência desse intercâmbio cultural internacional é sentida também por grupos como a Cia. Luna Lunera. Com 16 anos de estrada, a Luna Lunera fez a primeira apresentação teatral em solo europeu com o apoio do Circula Minas. Eles foram ao norte da França, no festival de teatro Le Manifeste.

“Esse programa nos possibilitou realizar o longo deslocamento e ter a primeira experiência na Europa. Foi muito importante não só para mostrar nosso trabalho, mas por compartilhar nosso processo criativo com artistas franceses e de outros países, surgindo daí uma parceria futura com um grupo de teatro da Grécia”, diz o ator Cláudio Dias, integrante do grupo.

Os depoimentos dos artistas confirmam o entendimento que a Secretaria de Cultura tem desse mecanismo. “A cada ano o Circula Minas obtém mais sucesso, permite a descentralização do acesso aos recursos da cultura e a democratização do investimento”, disse o secretário Ângelo Oswaldo.

Edital
Como forma de garantir a pluralidade e democratização do acesso aos recursos, o edital estabelece como critério de avaliação projetos que contemplem as culturas afrodescendentes e indígenas e que tenham como tema as mulheres, LGBTs e pessoas com deficiência.

Além disso, propostas provenientes do interior também entram no conceito avaliatório. De acordo com Tatiana Nonato, diretora de Informação e Fomento da Secretaria de Estado de Cultura, os critérios adotados permitem que os recursos sejam distribuídos de forma mais abrangente, envolvendo de modo mais uniforme a população.

“A descentralização e democratização do acesso aos recursos é uma premissa do Governo de Minas e favorece a participação nos editais. Os critérios permitem promover temas de interesse da sociedade e ampliar a participação do interior, dando visibilidade a trabalhos com tema da inserção social e de grupos, coletivos e artistas de fora da capital mineira”.

Inovação
O edital traz mais flexibilidade no prazo de inscrição. Agora as propostas podem ser inscritas durante todo o ano, não ficando limitadas às datas das viagens estipuladas pelas seleções. Detalhes e mais informações no site www.cultura.mg.gov.br.
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