18 de março, de 2018 | 09:00
Avisar sobre blitz é crime e pode ajudar criminosos, alerta delegado
De acordo com o delegado Eduardo Vinicíus, esse crime está previsto no artigo 265 do Código Penal Brasileiro, para enquadrar quem atenta contra o funcionamento ou a segurança de serviço de utilidade pública
Arquivo DA
Muitos casos de embriaguez ao volante, carro furtado ou tráfico de droga são descobertos por meio de blitz

A participação em grupos de aplicativos de celular ou de redes sociais que tenham como objetivo avisar sobre a existência de blitz é considerada crime, com pena de prisão de 1 a 5 anos, sem direito à fiança.
Isso vale também para qualquer tipo de aviso, seja com o farol ou algum sinal. O alerta é do delegado de Trânsito de Ipatinga, Eduardo Vinícius Carvalho, haja vista que a pessoa quando divulga o local de uma blitz pode colocar em risco a segurança da sociedade.
De acordo com o delegado, esse crime está previsto no artigo 265 do Código Penal Brasileiro, para enquadrar quem atenta contra o funcionamento ou a segurança de serviço de utilidade pública. O crime é basicamente isso, o sujeito, por meio de uma ação, avisa sobre a existência de blitz, seja digitando em algum aplicativo ou em rede social, piscando farol ou fazendo algum tipo de sinal para outro motorista. No ano passado, prendemos em média cinco pessoas que cometeram esse crime”, afirma a autoridade.
Eduardo Vinícius ainda acrescenta que os efeitos desse tipo de conduta são extremamente graves e deletérios para a sociedade. Na mente de quem faz isso, acha que não tem nada demais, mas é porque ele não sabe para quem está avisando, ou seja, o avisado, pode ser um traficante, um motorista embriagado ou um criminoso com um veículo furtado”, salienta.
Para o delegado, em muitos casos, no âmbito nacional, em que a polícia descobre a posse de droga, vítima de sequestro ou carro furtado, foi por meio da blitz. Então, se a pessoa avisa, ela pode contribuir para que esse criminoso consiga evitar a prisão. Já até aconteceu comigo isso durante uma operação na estrada. Uma vez alguém piscou o farol para criminosos que estavam trafegando com um carro furtado na região, eles entraram em uma estrada vicinal e abandonaram o veículo. Quando chegamos ao local, encontramos só o carro, porque os criminosos fugiram”, lamenta Eduardo Vinícius.
Wôlmer Ezequiel
Eduardo Vinícius destacou que a pessoa pode ficar cinco anos presa por divulgar a existência de blitz para outros motoristas

Perigo
Conforme o delegado, sua equipe realiza, em média, uma blitz por semana, em locais variados. Além disso, suas operações no trânsito têm um caráter estratégico, verificando chassis, placas, etiquetas, documentos e outros detalhes. Mas caso algum delinquente tenha conhecimento sobre essa operação, os agentes da polícia podem ficar em situação de vulnerabilidade.
Se o criminoso fica sabendo da existência da blitz e resolve tentar atravessar em alta velocidade ou até mesmo atirar, os policiais que estão lá podem morrer ou ficar inválidos. Então, vale ressaltar que há também um prejuízo econômico para a sociedade, que pagará a pensão da viúva do policial morto ou a aposentadoria por invalidez. Por isso, é importante conscientizar a população sobre esses riscos que essa atitude esconde e pode prejudicar a todos”, conclui. (Repórter: Tiago Araújo)
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Diego da Silva Santos
03 de julho, 2022 | 21:11Eu quero um grupo de bitz para em tá”
Antônio Cesar
23 de junho, 2022 | 08:43Sem falar em alguns policiais que abusa do poder,
Eles estão ali para proteger a população, e coibir o erro , então se estou preocupado com a blitz na estrada é porque eu estou andando errado,se eu tenho medo da polícia eu tenho que vê que eu é que tenho que me consertar.e todo erro tem que ser punido ou então vira bagunça”
Bolsonaro
19 de março, 2018 | 09:33todos querem fugir de pm, pc, pq qnd precisamos não ajuda!! como é mostrado nas mídias todos os dias, policia mata mais que bandido nesse brasilzão....”
Felipe
18 de março, 2018 | 21:21Nem precisam avisar...As blitz são sempre nos mesmo lugares . só abordam documentos, nunca vi revistas etc.”