15 de março, de 2018 | 09:10

Relembrando a boa cultura

Inezita Barroso, 90 anos dedicados a cultura brasileira

Ignez Magdalena Aranha de Lima, paulistana nascida em 4 de março de 1925, viveu a vida como cantora, atriz, instrumentista, bibliotecária, folclorista, professora e apresentadora, e ficou conhecida pelo grande público como Inezita Barroso, sobrenome que adotou ao casar em 1947, aos 22 anos, com o advogado cearense Adolfo Cabral Barroso.

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Inezita Barroso deixou um legado artístico imensurávelInezita Barroso deixou um legado artístico imensurável
Oriunda de família abastada, Inezita era apaixonada pela cultura e a música brasileira. Começou a cantar e tocar violão e viola aos sete anos, matriculou-se no Conservatório e aprendeu piano. Foi aluna da primeira turma de Biblioteconomia da USP, antes de se tornar cantora profissional.

Com o primeiro disco, vieram também os primeiros sucessos: o clássico samba “Ronda” e a caipiríssima “Moda da Pinga”, na mais célebre das interpretações, além da clássica “Lampião de Gás”. Inezita ultrapassou 50 anos de carreira e 80 discos gravados, entre 78 rpm, vinil e CDs.

No início da década de 1980, passou a comandar o programa de música caipira “Viola, Minha Viola”, na TV Cultura, onde esteve até o fim de sua vida. No SBT, teve um programa musical aos domingos de manhã que levava seu nome.

Inezita Barroso foi reconhecida também como atriz de teatro e cinema. Por onde atuou, ganhou prêmios importantes. Ela também dava aulas de Folclore e até a sua morte lecionou em faculdades.

As apresentações que Inezita Barroso fazia em países latino-americanos e africanos criaram uma aura de sucesso para a cantora, que foi indicada para o Grammy Sul-Americano na categoria de artistas vocais populares regionais e internacionais.

Os concertos de Inezita Barroso nestes países excederam a audiência de outros artistas com maior exposição midiática, adeptos de música popular.

Curiosamente, a jornada de Inezita Barroso pelo mundo terreno terminou no Dia Internacional da Mulher, num domingo, dia 8 de março de 2015, às 22h, quando a estrela da música caipira faleceu no Hospital Sírio Libanês - no qual estava internada - em virtude de uma insuficiência respiratória aguda.

Por qualquer lado que se olhe, percebe-se facilmente que ela deixou um legado inestimável para a cultura brasileira.
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