08 de março, de 2018 | 08:06
Dia Internacional da Mulher
Comemorar, sim, mas sem dar tréguas na luta contra o machismo
A primeira vez em que se comemorou esta data foi em 28 de fevereiro de 1909, na cidade de Nova Iorque, que já fora palco de vários protestos em busca de melhores condições de trabalho e equiparação salarial com os homens. A iniciativa de reservar um dia especialmente para a mulher foi do Partido Socialista da América.A 1ª Conferência Sobre a Mulher, dirigida pela Internacional Socialista, aconteceu em Copenhague, Dinamarca, em 1910. A data foi comemorada até o ano de 1920, depois caiu no esquecimento, sendo reavivada na década de 60.
Em 1975, tido como o Ano Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher. 8 de março foi a data escolhida, e por uma razão especial.
Neste mesmo dia, em 1857, centenas de operárias da fábrica de roupas Triangle Shirtwaist, em Nova Iorque (EUA), fizeram um mega protesto contra as más condições de trabalho e de segurança das instalações, e acabaram morrendo durante um incêndio tido como proposital.
Há quem garanta que as mulheres teriam sido trancadas no prédio que foi incendiado, mas existem controvérsias. De qualquer forma, o acontecimento ficou registrado na história da cidade como uma das piores tragédias. Nos anos seguintes, os protestos continuaram sempre no dia 8 de março, revivendo a morte das costureiras.
O objetivo da criação da data é ter a oportunidade de discutir e melhorar as condições das mulheres no mercado de trabalho. Em 1901, o deputado francês René Viviani defendeu o direito de voto das mulheres. No Brasil, as mulheres conquistaram o direito de votar e serem eleitas no dia 28 de fevereiro de 1932.
Muito já foi conquistado, mas a mulher ainda sofre com salários baixos e violência masculina, jornada dupla de trabalho e discriminações diversas, inclusive quanto à carreira profissional.
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