19 de fevereiro, de 2018 | 15:41

Clássico polêmico

Divulgação
O saudoso comentarista Osvaldo Faria dizia que “clássico bom é o que rende assunto uma semana antes e uma depois”. Este América x Atlético disputado no último domingo, vencido pelo Galo, 3 x 0, foi um destes bons clássicos.

Para o Atlético, a vitória foi muito importante para trazer calma ao ambiente do clube, e abre o caminho para que a diretoria possa efetivar o jovem Thiago Larghy como treinador, seguindo a cartilha do “bom e barato” que deu certo recentemente no Corinthians, Flamengo e Botafogo.

A equipe do Atlético foi muito aplicada, em certos momentos parecia até time “pequeno”, fechado atrás e apostando na ligação direta em velocidade com Erik e Roger Guedes, meio “Galo Doido” do técnico Cuca.

Quanto à polêmica dos gols, o do Atlético, ilegal, mas validado, e o do América, legal, e não validado pela arbitragem, reafirmo o que disse durante a transmissão pela Rádio Vanguarda: absolvo totalmente o assistente Guilherme Dias Camilo e o árbitro Igor Benevenuto, pois os erros só foram possíveis de serem descobertos com a utilização do recurso das imagens da TV.

O chororô do América é compreensível e só vem comprovar a necessidade do emprego do árbitro de vídeo, para dirimir as dúvidas e diminuir as injustiças no futebol. Talvez, depois de tudo o que aconteceu no clássico, o presidente do América, Marcos Salum, mude de opinião e passe a defender a utilização do árbitro de vídeo, já que ele foi um dos que votaram contra o emprego da tecnologia no próximo Campeonato Brasileiro.

Quanto ao Atlético, diante de tudo isso, deveria também rever a sua posição, que foi igualmente contrária ao árbitro de vídeo, pois amanhã poderá ser ele a vítima, ao invés de achar que “pimenta nos olhos dos outros é refresco”.

Má estreia
Depois de enfrentar aproximadamente 60 dias de treinamentos, algumas contratações de jogadores de renome como o goleiro Márcio e o atacante Bernardo, concentração na véspera do jogo em hotel cinco estrelas, estádio com gramado impecável, bom público nas arquibancadas, autoridades aos borbotões na Tribuna de Honra e Área VIP, aclamado como o “maior favorito” ao acesso à 1ª Divisão pela imprensa regional, o Ipatinga decepcionou ao perder de 2 x 0 para o Guarani de Divinópolis, sábado, no Ipatingão.

O Tigre fez um péssimo primeiro tempo, quando sofreu dois gols em falhas da defesa, inclusive do goleiro Márcio no segundo, melhorou um pouco depois das alterações feitas no intervalo pelo técnico Eugênio Souza, mas não bastou para reagir e chegar ao empate ou à virada.

A maioria dos ipatinguenses que gosta de futebol quer ver o Tigre de volta à elite do futebol mineiro, mas é preciso entender que, no futebol, a caminhada quase sempre é árdua, sendo preciso muita competência e uma boa dose de humildade para transpor os obstáculos do caminho.

FIM DE PAPO
• Enquanto isso, sem o mesmo nível de investimento do Tigre e sem alarde, o Social estreou com vitória, 2 x 1, sobre o Tupinambás de Juiz de Fora. Jogou em casa, mas sem contar com o apoio da sua torcida, pois a diretoria entregou fora do prazo os laudos técnicos do estádio exigidos por lei, o que obrigou o clube a jogar de portões fechados ao público, por determinação da Federação Mineira.

• No próximo sábado (24) o Saci volta a campo, desta vez em Divinópolis, para encarar o motivado Guarani. Outro destaque na rodada de abertura deste chamado “Módulo II” foi o América de Teófilo Otoni, que também montou um time modesto e estreou com vitória, 2 x 1, jogando em casa diante do Tricordiano, que será o próximo adversário do Tigre, domingo, às 10h, em São Gonçalo do Rio Abaixo.

• Não existe mais uma idade ou faixa etária ideal para um garoto iniciar o sonho de se tornar jogador de futebol, ficar rico e arrumar a vida de toda a família.

Este é o caso do menino Estevão Almeida, apenas 10 anos de idade, promessa da base do Cruzeiro, que na semana passada ganhou destaque na mídia depois de uma reunião do presidente Wagner Pires de Sá e o vice de futebol, Itair Machado, para apresentar a seus pais e familiares um plano de carreira para a criança. Estevão, que, segundo a direção celeste, vinha sendo assediado por vários clubes, acaba de se tornar o mais jovem atleta do país a assinar contrato com a Nike, multinacional fornecedora de material esportivo.

• No plano apresentado pelos dirigentes do Cruzeiro consta acompanhamento nutricional, mas sobretudo psicológico, o que a meu juízo é fundamental e deveria incluir também os seus familiares mais próximos. Já presenciei, nesses anos cobrindo futebol, casos de pais e mães que chegavam ao extremo de deixar o garoto sem almoço ou jantar, como castigo por ter falhado num lance de jogo, tudo por conta da expectativa criada em torno de ver o filho ir adiante e fazer sucesso na carreira. (Fecha o pano!)
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