17 de fevereiro, de 2018 | 10:55
Muita calma
Pode ser que a esta altura o Atlético já tenha anunciado um novo treinador para o lugar do demitido Osvaldo de Oliveira. No entanto, até o fechamento desta coluna a tendência era outra, a de ter paciência, muita calma nessa hora, apesar das pressões da torcida, até quem sabe surja algum nome que se enquadre no perfil estipulado pela atual gestão, que deseja um técnico novo, barato, que faça o time jogar de acordo com a sua tradição e característica ofensivas.Não vejo, sinceramente, disposição da diretoria alvinegra em efetivar Thiago Larghi, 37 anos, 20 deles rodando por aí no mundo do futebol, formado em Educação Física, bom currículo, que ostenta o conceituado curso de treinador da UEFA e o da CBF, ex-integrante da comissão técnica do Corinthians com Oswaldo de Oliveira, com quem começou como analista de desempenho no Botafogo, cargo este que também ocupou na seleção brasileira, na vitoriosa campanha na Copa das Confederações, em 2013.
Depois de passar por três grandes clubes como assistente de Oswaldo de Oliveira, Larghi passou a fazer parte da comissão técnica permanente do Atlético, ganhando agora a chance de assumir interinamente a equipe, depois da queda do padrinho defenestrado.
Se colar...
Sem dinheiro para investir pesado em reforços, muito menos para pagar salários astronômicos aos medalhões da hora no mercado nacional de treinadores, o novato presidente Sérgio Sette Câmara está, sem querer querendo, dando linha ao auxiliar técnico, Thiago Larghy.
Segue a mesma fórmula que deu certo recentemente no Botafogo, com Jair Ventura, no Flamengo, com Zé Ricardo, além do Corinthians em relação ao hoje aprovado Fábio Carille.
A pergunta da hora para o momento vivido pelo Atlético é: quem a esta altura poderia ocupar, com aprovação da torcida, o cargo de treinador do Atlético? A resposta é: NINGUÉM.
Então, a meu juízo, está correta no momento a posição da diretoria atleticana, de deixar estar para ver como fica, pois, dependendo dos resultados obtidos neste fraquíssimo Campeonato Mineiro e da sequência na Copa do Brasil, Thiago Larghy pode ser a solução. Vai que cola...
FIM DE PAPO
O episódio envolvendo o repórter Léo Gomide, da Rádio Inconfidência, com o técnico Osvaldo de Oliveira, do Atlético, jogou os holofotes da mídia numa quantidade surpreendente de aparícios”, seja entre os da crônica ou entre os treinadores.
No primeiro caso, a Associação Mineira de Cronistas Esportivos (AMCE), que faz muito pouco ou quase nada pela categoria, sobretudo para seus filiados do interior, embora cobre uma gorda taxa anual de anuidade (R$230 a R$500) para que os profissionais tenham acesso aos estádios de Minas Gerais a fim de exercerem suas funções nas emissoras de rádio, TV e jornais, saiu da tumba e emitiu até uma nota oficial” de apoio ao repórter.
Por que não faz o mesmo diante da escalada de demissões nos últimos anos, com o fechamento da maioria dos departamentos de esportes nos veículos de comunicação espalhados pelos nossos grotões?
A outra entidade, essa bastante cavernosa, do tipo fantasma”, uma tal Associação Brasileira dos Treinadores de Futebol (ABTF), cujo presidente é o ex-jogador Zé Mário, aproveitou o momento para sair da obscuridade.
Treinadores em defesa do colega também disseram bobagens ao vento, pois são os maiores culpados ao fazerem o jogo dos dirigentes, que demitem os técnicos diante do primeiro fracasso de suas equipes. Eles até gostam, pois acabam se beneficiando da constante troca de cadeiras, em alguns casos recebendo as multas contratuais de vários clubes diferentes o ano inteiro, sem precisar trabalhar.
Pelo menos em uma entrevista à Rádio Super FM, de Belo Horizonte, o presidente Zé Mário disse uma coisa que presta, ao criticar as entrevistas coletivas pós-jogo, que para ele só servem para colocar os treinadores contra a parede.
Concordo que hoje a imprensa jogue nas costas dos treinadores uma excessiva carga de responsabilidade, seja por sucessos ou fracassos, já que eles não são os únicos, muito menos os maiores responsáveis, por tudo o que acontece durante uma partida de futebol.
O ideal seria voltar ao início dos anos 1990, quando jogadores, dirigentes, preparadores físicos e médicos, todos falavam com a imprensa antes e, principalmente, após as partidas.
Se estivesse entre nós, o saudoso mestre Armando Nogueira, que era torcedor botafoguense, repetiria uma de suas frases famosas: - Tem coisas que só acontecem com o Botafogo.
Pois então, não é que o presidente do alvinegro carioca, Nelson Mufarrej, ao invés de se beneficiar do aluguel dos sucessivos fechamentos do Maracanã e transformar seu estádio na casa do futebol carioca, faturando uma boa grana com o aluguel do mesmo, brigou com o maior de todos os seus clientes por causa de uma bobagem, a comemoração de um gol pelo jovem atacante Vinicius Junior, obrigando o rubro-negro a jogar a decisão da Taça Guanabara, hoje, com o Boa Vista, em Cariacica (ES)?
O Botafogo está num no miserê danado, vendendo o almoço para tentar comprar o jantar, mas o seu presidente maluco parece que gosta de rasgar dinheiro. (Fecha o pano!)
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