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11 de fevereiro, de 2018 | 10:01

Recuperação de Nascentes em Periquito

Programa de parceria da Cenibra abrange ainda a região de Peçanha

ACS Cenibra
Produtores percorrem as trilhas em busca das nascentesProdutores percorrem as trilhas em busca das nascentes
Uma parceria entre a Associação dos Produtores Rurais da Agricultura Familiar de Santa Cruz (Aprafasc), Instituto Cenibra, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e Sindicato Rural de Governador Valadares, levou aos produtores rurais de Periquito um curso de recuperação e proteção de nascentes. O objetivo foi capacitar profissionais de extensão rural e os produtores, além de promover a troca de informações sobre as tecnologias aplicadas regionalmente.

O Brasil tem centenas de milhares de nascentes. Elas estão por toda parte. A água que brota de lençóis subterrâneos em nascentes pode garantir água de qualidade bastante para atender as necessidades do campo, da cidade e da rica biodiversidade brasileira. Por isso, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural criaram o Programa Nacional de Proteção de Nascentes.

Em 2015, o Sistema CNA/SENAR lançou o desafio de proteção de 1.000 nascentes. Com ações desenvolvidas pelas Federações de Agricultura e Pecuária e pelas Administrações Regionais do SENAR, em parceria com os sindicatos rurais, produtores que aderiram ao programa contribuíram para ultrapassar a meta: mais de 1.700 nascentes foram protegidas no país.

O trabalho tem como base cinco passos: Identificar a nascente, cercar, limpar a área, controlar a erosão e replantar espécies nativas. A parceria com o Instituto Cenibra é uma ação efetiva no combate à crise hídrica e união de esforços para recuperação e proteção de um recurso essencial à vida.

ACS Cenibra
A beleza das matas, das águas e do plantio de eucaliptosA beleza das matas, das águas e do plantio de eucaliptos
Peçanha
Na região de Peçanha aconteceu outra distribuição de kits para proteção e preservação de nascentes, dando continuidade ao Programa da Recuperação Ambiental, uma parceria da Cenibra com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), Emater, Prefeitura de Peçanha e produtores rurais.

Além de materiais para cercar as nascentes, os produtores rurais recebem orientações sobre as técnicas de recuperação e proteção de nascentes. Esta iniciativa integra o Programa da Recuperação Ambiental, que contempla ações com a finalidade de manter ou melhorar a qualidade ambiental das áreas de matas nativas, sobretudo das áreas de preservação permanente, o que representa uma contribuição direta para a manutenção da quantidade e qualidade da água produzida nas áreas da empresa.

Por meio de um Termo de Cooperação Mútua firmado entre a Cenibra e o Instituto Estadual de Florestas (IEF), que busca unir esforços para cercar nascentes na região da bacia hidrográfica do rio Suaçuí Pequeno, no município de Peçanha, as ações de recuperação ambiental desenvolvidas pela empresa se expandem de forma a contemplar propriedades inseridas no Programa de Fomento Florestal e vizinhos das terras da empresa.

O projeto vai proteger mais de 100 nascentes e promover o aumento da disponibilidade hídrica e a melhoria da qualidade da água produzida na bacia do rio Suaçuí Pequeno, que é uma das principais fontes de abastecimento de água para a sede do município.
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Comentários

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Ricardo

11 de fevereiro, 2018 | 10:37

“DESERTO VERDE!!
LEIAM!! MATÉRIA RETIRADA DE UM JORNAL ONDE LOCALIZA-SE UMA DAS MAIORES FABRICAS DE CELULOSE DO PAÍS!!!
Um estudo feito pela equipe da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente do município de apontou que cada planta adulta de eucalipto consome diariamente entre 25 e 30 litros de água, retirados dos mananciais. “Isso quer dizer que em grandes áreas poderemos, em pouco tempo, comprometer a qualidade do solo, secar mananciais e prejudicar o desenvolvimento de culturas que geram mais renda para os agricultores, sobretudo os pequenos”,.

O geógrafo confirma que o eucalipto, além de não servir para estancar o processo de destruição do solo, pode deixar a área ocupada ainda mais degradada, justamente pela alta retenção de água. “O pínus e o eucalipto são plantas de crescimento rápido e, por isso, absorvem muita água. As árvores em determinadas áreas, afetam a fauna e a flora da região, assim como o solo e os mananciais”, explica.

Como é uma variedade exótica e própria de regiões de clima temperado, o eucalipto em locais de baixa umidade pode secar poços subterrâneos, banhados e nascentes. “Pior. Como consomem muita água, essas árvores baixam o lençol freático e diminuem o nível dos pequenos córregos”, diz o geógrafo.

Pesquisador da Associação Brasileira de Florestas Plantadas (ABFP), explica que o eucalipto tem grande poder de evapotranspiração, eliminando cerca de 36,5 mil litros de água por ano cada pé. Pesquisa da própria ABFP estima que, durante um ano, o consumo de água do eucalipto varia de 800 a 1,2 mil litros por metro quadrado.

Outro impacto ambiental causado pelo cultivo do eucalipto é a redução da biodiversidade da flora e da fauna. Por não serem árvores frutíferas e se caracterizarem como “estranhas” ao ambiente em que são implantadas, acabam por afugentar os animais. “Essas árvores também produzem naturalmente uma substância tóxica, que acaba eliminando as plantas ao seu redor. Por esses motivos, o pínus e o eucalipto causam o ‘deserto verde’”.”

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