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05 de fevereiro, de 2018 | 17:33

Gol antológico

Divulgação
No geral, o clássico foi morno, sem lances de grande emoção dos dois lados, porém, carimbado por um gol antológico do uruguaio Arrascaeta, pegando de voleio um lançamento milimétrico do lateral Edílson, que deu a vitória ao time celeste por 1 x 0.

A torcida, cuja esmagadora maioria era cruzeirense, merecia muito mais do que viu da sua equipe, mas mesmo assim, os 47.499 pagantes e 50.794 presentes proporcionaram um espetáculo de rara beleza, fazendo, como sempre, muita festa no Mineirão.

Ao final, o resultado favorável aos celestes não causou nenhum estrago ao América, que passou por um excelente teste, pela primeira vez contra um time da Série A, e muito mais forte tecnicamente, deixando claro que, com alguns reforços e ajustes pontuais, terá grandes chances de não ser rebaixado no próximo Campeonato Brasileiro.

O jogo em si, como era de se esperar, teve maior posse de bola do Cruzeiro, mas o América mostrou um ótimo sistema defensivo, bem estruturado e sólido no meio de campo, só permitindo ao ataque azul três chances reais de gol, perdendo por conta de um lance onde a individualidade e qualidade do uruguaio Arrascaeta falou mais alto.

Gol salvador
Se é que devemos fazer do limão uma limonada, a vitória do Galo sobre a URT, em Patos de Minas, serviu para que o artilheiro Ricardo Oliveira desencantasse, ao fazer o primeiro gol com a camisa alvinegra, na vitória magra de 1 x 0, aos 45 da segunda etapa.

O que se viu durante toda a partida foram muitos erros individuais, falta de ligação do meio de campo com o ataque, alguns jogadores atuando de forma desinteressada e bisonha, como foi o caso de Cazares, Roger Guedes, Elias, Samuel Xavier e Danilo, este muito abaixo do titular Fábio Santos, que não foi a Patos de Minas por conta de uma amigdalite, todos na faixa do ruim ou péssimo.

Durante a transmissão do jogo, da qual participei pela Rádio Vanguarda/AM, os torcedores alvinegros invadiram as redes sociais, defenestrando todo o time, técnico, diretoria, ninguém escapou da ira dos atleticanos, até que o artilheiro Ricardo Oliveira desencantou ao fazer o gol da vitória no apagar das luzes, em passe açucarado de Otero, o melhor em campo e do time, que ainda não deu liga.

Porém, a vitória foi importante para acalmar os ânimos e a pressão da torcida, pelo menos até amanhã, quando o time vai estrear no Acre pela Copa do Brasil, contra o desconhecido Atlético acreano, podendo até mesmo empatar para seguir em frente na disputa. Mas... e isso não é nada impossível... vai que perde?

FIM DE PAPO
• Alguns leitores da coluna estranharam o fato da renda no jogo Tombense x Cruzeiro, que teve 14.751 pagantes no Ipatingão, ter sido maior do que a registrada anteontem no clássico Cruzeiro x América, que levou 47.499 pagantes e 50.794 presentes ao Mineirão.

No Ipatingão, por ser o mandante, o Tombense levou toda a grana, que somou R$ 781.290,00. No Mineirão, o Cruzeiro arrecadou R$ 608.231,00. A explicação é bastante simples: no Ipatingão o ingresso foi cobrado a R$ 60, meia-entrada a R$ 30, preço médio R$ 53. No Mineirão, na média, o Cruzeiro cobrou dos sócios-torcedores a bagatela de R$ 13 para assistir ao clássico e lotar novamente o Mineirão.

• Mas a grande diferença mesmo foi em relação ao Palmeiras, que disputou em sua Arena, no último domingo, o clássico contra o Santos pelo Paulistinha, levando pouco mais de 38 mil pagantes, mas arrecadou R$ 2,8 milhões nas bilheterias. A explicação também é simples: o preço médio do ingresso cobrado na Arena do Palmeiras é R$ 74, quase cinco vezes mais caro que o valor estipulado pela diretoria celeste no Mineirão.

• Aqui nos nossos grotões, o Tombense aproveitou a lua de mel do torcedor celeste com o time, além do fato do Cruzeiro ter ficado 11 anos sem jogar no Ipatingão com sua equipe principal. O Palmeiras apenas usou a lei da oferta e da procura. No caso do Cruzeiro, acho que a nova diretoria faz muito bem em baratear o preço dos ingressos para lotar o estádio e ganhar ainda mais prestígio e confiança junto à torcida.

• Não tenho dúvidas quanto às boas intenções do presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, que neste começo de trabalho à frente do clube tem procurado equacionar os problemas financeiros mais urgentes, que travam a sua administração. O problema todo é que, no futebol brasileiro, medidas austeras no âmbito financeiro não caminham lado a lado com os anseios da torcida, que quer um time de futebol forte para brigar e conquistar títulos.

Até quando? Vamos aguardar, mas não demora muito e Sette Câmara irá se defrontar com o dilema de Hamlet, "ser ou não ser, eis a questão”. (Fecha o pano!)
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