24 de janeiro, de 2018 | 11:23

Febre amarela avança em Minas Gerais: 25 mortes esse ano

Com índice de letalidade de 53%, enfermidade já foi diagnosticada em outros 22 pacientes e 99 casos continuam em investigação

Somente nos primeiros 23 dias de 2018 chega a 25 o número de mortes em decorrência de febre amarela em Minas Gerais. Ao todo, neste ano, foram 47 diagnósticos da doença no estado, sendo que 22 pacientes continuam internados ou tiveram alta.
Divulgação SES-MG
Ao todo, neste ano, foram 47 diagnósticos da doença no estado, dos quais, 22 pacientes continuam internados ou tiveram altaAo todo, neste ano, foram 47 diagnósticos da doença no estado, dos quais, 22 pacientes continuam internados ou tiveram alta


A Região Metropolitana de Belo Horizonte, com 12 óbitos, e a Zona da Mata, com seis, concentram a maioria dos casos confirmados, apontam dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgado na tarde de ontem. São mais 10 mortes confirmadas em relação ao boletim anterior.

E os números podem ser ainda mais elevados. De acordo com o documento da SES, 99 casos notificados ainda estão em investigação, sendo que 12 pacientes desse grupo já faleceram. Casos que ainda não constam do boletim também podem engrossar as estatísticas, entre eles a morte de um belo-horizontino no Hospital das Clínicas na segunda-feira, com suspeita da doença, ainda não computada no boletim nem mesmo entre as notificações em investigação.

Entre os confirmados, foram 12 mortes na Regional de Saúde de Belo Horizonte: seis em Nova Lima, duas em Belo Horizonte (as vítimas não contraíram a doença na capital mineira), uma em Brumadinho, uma em Rio Acima, uma em Mateus Leme e uma em Caeté.

Na Zona da Mata foram registrados seis óbitos: em Goianá, na Regional de Juiz de Fora, Mar de Espanha, Barra Longa, Porto Firme e Viçosa. Os outros registros de mortes no estado foram em Mariana, onde quatro pessoas faleceram em decorrência da febre amarela, Carmo da Mata, Barão de Cocais e Santa Bárbara, que tiveram uma confirmação em cada município, além de um óbito ocorrido em Poço Fundo, no Sul de Minas.

O último diagnóstico, de acordo com a SES, “foi importado do estado de São Paulo”. Dos 47 casos confirmados, 44 são do sexo masculino. Até o momento, não há relatos de que as vítimas, que tinham entre 15 e 88 anos, tenham sido vacinadas. A letalidade por febre amarela em Minas Gerais no período é de aproximadamente 53,2%, segundo a SES.

Ainda conforme o boletim divulgado dia 23, macacos foram encontrados mortos em 176 cidades mineiras. Houve confirmação de que animais estavam contaminados pela febre amarela em 32 municípios. A Secretaria de Estado de Saúde ainda investiga mortes de primatas em outros 43 municípios.

O governo de Minas decretou estado de emergência nas regionais de Belo Horizonte, Itabira e Ponte Nova. Municípios com casos confirmados de febre amarela vão receber recursos para o custeio de ações de controle e contingenciamento da doença.

As vacinas contra a febre amarela são distribuídas pela rede pública de saúde. Quem já se vacinou uma vez não precisa repetir a dose. Há, inclusive riscos para a vida da pessoa que tomar a vacina em duplicidade. Para tomar a vacina - para quem ainda não foi imunizado - a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima levando o cartão de vacina.

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