04 de janeiro, de 2018 | 16:48
Tarifa branca pode reduzir preço da conta de luz, mas deve ser analisada
A tarifa branca, disponível somente para os consumidores com média mensal superior a 500 kWh ou para novas ligações, estimula o controle de consumo energético durante o dia
Fernando LopesWôlmer Ezequiel
Medida estimula redução do consumo em período de maior demanda de energia elétrica durante o dia
Desde o dia 1º de janeiro, está em vigor uma nova modalidade de cobrança do consumo de energia elétrica em todo o país. A tarifa branca, disponível somente para os consumidores com média mensal superior a 500 kWh ou para novas ligações, estimula o controle de consumo energético durante o dia. A modalidade não é aplicada de modo automático. O cliente da concessionária terá que pedir a mudança, se avaliar como compensatória no seu caso. Antes, é necessário diferenciar a tarifa branca das bandeiras tarifárias (verde, amarela e vermelha), válida para todos os consumidores em todo o país. As bandeiras indicam quais meses o custo da energia está mais caro ou mais barato.
Já a tarifa branca é uma modalidade que calcula o valor do quilowatt-hora (kWh) de modo diferente ao longo de um único dia. Para o consumidor que aderir à tarifa branca, o valor do kWh será mais caro no período de pico do consumo energético e mais em conta em horários fora do pico.
Em Minas Gerais, o horário intermediário é válido durante os dias úteis das 16h às 17h, e das 20h às 21h. O horário de ponta é das 17h às 20h.
Atualmente, a tarifa convencional da Cemig é de R$ 0,50 por kWh. Na tarifa branca, o kWh tem desconto de 20% quando consumido fora dos horários de maior demanda, ou seja, no período de 21h às 16h, o kWh tem o valor de R$ 0,40, nos valores atuais. Mas a energia utilizada no horário intermediário passa a ser 25% mais cara ou R$ 0,62. Com a tarifa branca, no horário de ponta o valor do kWh aumenta 94%, equivalente a R$ 0,97. Nos feriados nacionais e nos fins de semana, o valor é sempre fora de ponta.
Portanto, antes de aderir à nova modalidade deve ser avaliado em qual momento do dia há maior consumo de energia na sua casa ou estabelecimento, segundo a equipe técnica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O consumo médio de uma família com dois filhos é de 250kWh/mês. Por enquanto, a tarifa não atende o padrão dos clientes residenciais. Ela é mais para clientes comerciais e industriais”, destaca a empresa em nota ao Diário do Aço. Caso o cliente não se enquadre neste perfil, o melhor é não optar pela tarifa branca.
Como solicitar a adesão
Para aderir à tarifa branca, é necessário solicitar a concessionária para adequação, de acordo com o informado pela Cemig. Conforme a nota, o cliente deve procurar uma agência da Cemig ou um posto de atendimento Cemig Fácil. É necessário assinar um termo manifestando interesse em aderir à nova modalidade tarifária, assim como informar estar ciente sobre um possível aumento de fatura quando concentrar o consumo no horário de ponta.
O medidor de energia da Tarifa Branca é diferente e, por isso, o padrão instalado na caixa de medição será diferente. Os custos de adequação do padrão e ramal de entrada são do cliente, enquanto a Cemig arcará com os custos da instalação do medidor e do medidor em si. A Empresa tem até 30 dias para realizar a instalação”, alerta a concessionária.
A Cemig também informa que o cancelamento da tarifa é atendido em um prazo de até 30 dias. Além disso, após o retorno para tarifa convencional, uma nova adesão à tarifa branca só será possível após o prazo de 180 dias.
Mudanças gradativas
A intenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é que em 2019, deverão ser atendidas unidades com consumo médio superior a 250 kWh/mês e, em 2020, para os consumidores de baixa tensão, qualquer que seja o consumo.
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