29 de dezembro, de 2017 | 14:18

Itália se prepara para eleições em 2018 após presidente dissolver Parlamento

As próximas eleições políticas representarão o primeiro teste para a nova lei eleitoral - chamada "Rosatellum" - aprovada pelo Parlamento no final de outubro

Italia Presidential Press Office/Handout
Presidente italiano Sergio Mattarella (E) conversa com o primeiro ministro Paolo GentiloniPresidente italiano Sergio Mattarella (E) conversa com o primeiro ministro Paolo Gentiloni
A Itália abriu o caminho para a realização de eleições gerais em 2018, depois que o presidente italiano, Sergio Mattarella, dissolveu quinta-feira (28) o Parlamento do país. O movimento do presidente ocorreu depois que o primeiro-ministro Paolo Gentiloni, no início do dia, declarou ter alcançado seu objetivo anterior de "trazer a legislatura para um fim ordenado". Assim, ele indicou que seu gabinete cumpriu seu mandato.

Reunindo a imprensa pela manhã, Gentiloni enfatizou que a Itália conseguiu recuperar-se da pior crise econômica desde a Segunda Guerra Mundial, graças a uma " legislatura frutuosa". Após a coletiva, Gentiloni se encontrou com Mattarella, um passo necessário para desencadear o pedido formal para a dissolução do Parlamento.

Mattarella também realizou conversações consultivas com parlamentares do Senado e da Câmara dos Deputados na quinta-feira à tarde, confirmou uma declaração do palácio presidencial. Agora, o gabinete de Gentiloni deveria escolher a data para as eleições de 2018, que provavelmente será no dia 4 de março, de acordo com a mídia local.

As pesquisas de opinião realizadas em meados de dezembro mostraram o partido de oposição Movimento Cinco Estrelas (M5S) em primeiro lugar, com uma média de 27,5%; seguido do Partido Democrata (PD) de centro-esquerda, com 24,3%. O partido de centro-direita Forza Italia (FI), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, ficou em terceiro, com 16,1% e a Liga Norte, de direita e anti-imigração, atingiu cerca de 13,7%.

As próximas eleições políticas representarão o primeiro teste para a nova lei eleitoral - chamada "Rosatellum" - aprovada pelo Parlamento no final de outubro. A Rosatellum introduziu um sistema híbrido, com um terço dos legisladores a serem eleitos pela primeira vez, e dois terços por representação proporcional.

De acordo com todas as projeções até agora, nenhum dos principais partidos parecia forte o suficiente para reunir os votos necessários para governar sozinho sem formar uma coalizão.
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