26 de dezembro, de 2017 | 16:33
Projeto busca ressocialização de moradores em situação de rua
Um diagnóstico apontou que 60% da população em situação de rua vem de outras cidades
Arquivo Diário do Aço
Um diagnóstico apontou que 60% da população em situação de rua vem de outras cidades
A assistência aos moradores em situação de rua em Ipatinga será intensificada em 2018. O objetivo é ressocializar essas pessoas para que saiam dessa condição de vida. A iniciativa é da Polícia Militar, Secretaria Municipal da Assistência Social e de parceiros. Um diagnóstico, apresentado em outubro deste ano pelo Departamento de Proteção Social de Ipatinga, apontou que 60% da população em situação de rua vem de outras cidades. O tenente Lindhon Jonhson, comandante da 82ª Companhia da Polícia Militar, explica o projeto que será desenvolvido no próximo ano. O conceito nesse trabalho que fazemos difere um pouco da abordagem da Polícia Militar. A abordagem aqui está ligada ao resgate. Cada morador em situação de rua tem uma história. Então, precisamos entender esse ser humano em toda a sua condição”, afirma.
Segundo o tenente, em 2017 foi realizado um trabalho de diagnóstico para conhecer as pessoas em situação de rua e estabelecer contato com algumas entidades parceiras, que oferecem um serviço assistencial. Agora, o projeto para 2018 é fazer um trabalho de ressocialização para essas pessoas e promover atividades que, de fato, tirem elas dessa condição. Morador de rua é uma escolha que a lei garante ao cidadão. É um direito dele, mas acredito que a convicção geral é que ninguém quer ficar nessa situação. Além disso, não é muito saudável para o ser humano”, pontua.
O tenente acrescenta outras medidas para desenvolver o projeto em 2018. Vamos tabular quantas pessoas de fato foram beneficiadas e qual foi a eficácia desse programa, até para que possamos nos ajustar e buscarmos novas estratégias”, observa.
Anonimato
Lindhon Jonhson relata que um dos primeiros passos do programa é resgatar a identidade dessas pessoas em situação de rua, porque elas possuem um valor para a sociedade. O primeiro objetivo nosso foi tirá-las do anonimato, muitas vezes passamos na rua e sequer olhamos para elas. Então, precisamos entender se elas precisam de ajuda, porque uma vez que você faz a eles lembrarem quem são e qual sua história de vida, contribui para que possam entender que é possível ter uma nova oportunidade”, conclui o oficial.
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Jaeder Teixeira Gomes
28 de dezembro, 2017 | 09:32O morador de rua não é a causa dos nossos males, mas consequência deles.”