20 de dezembro, de 2017 | 18:02

Derrubada emenda que reduzia para 10% o livre remanejamento no Orçamento 2018 em Ipatinga

Em dia de votação do orçamento para o ano que vem, o plenário da Câmara voltou a ser ocupado pelos servidores aposentados da Prefeitura

Divulgação CMI
Reunião movimentada acompanhou votação do orçamento de 2018 na Câmara de Ipatinga Reunião movimentada acompanhou votação do orçamento de 2018 na Câmara de Ipatinga


A Câmara aprovou em segunda votação e redação final, nesta quarta-feira (20), a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018, cujo texto original recebeu 21 emendas parlamentares. Outras 11 emendas, apresentadas pelas vereadoras Lene Teixeira e Cassinha Carvalho, foram rejeitadas pelo plenário com os votos da maioria dos vereadores que compõem a base de sustentação do governo Sebastião Quintão.

As receitas e despesas estimadas do Orçamento de 2018 são de R$ 877,66 milhões. A maior despesa prevista está na área da saúde, mais de R$ 316 milhões, seguida da educação com pouco mais de R$ 152 milhões. Os menores orçamentos ficaram para os fundos municipais de turismo, de defesa do consumidor, políticas públicas sobre drogas e o Fundo Municipal de Cultura.

Uma das quatro emendas apresentadas pela vereadora Cassinha Carvalho reduzia de 20% para 10% o chamado percentual de livre remanejamento do Orçamento. A alteração do artigo 4º do Projeto de Lei 115/2017 faria com que a administração municipal fosse obrigada a recorrer com maior frequência à Câmara para alterar a aplicação dos recursos do Orçamento.

Caso a emenda fosse aprovada, a prefeitura poderia fazer o livre remanejamento de recursos, por meio de decretos, no limite máximo de R$ 87,76 milhões. Qualquer abertura de crédito superior a este valor teria que ser aprovada pelo Legislativo.

“Quando iniciamos o mandato, entendemos que para colocar a cidade em ordem o prefeito Sebastião Quintão necessitava ter essa margem maior, de 35% (que vigorou em 2017), para administrar com eficiência o município. Mas hoje, diante da situação que acompanhamos, na qual muitas coisas têm deixado a desejar, avaliamos que podemos dar no máximo 10% de livre remanejamento para o prefeito. Assim, teremos maior condição de fiscalizar e acompanhar o emprego dos recursos públicos”, justificou a vereadora Cassinha Carvalho na tribuna.

A vereadora Lene Teixeira usou a tribuna para elogiar a emenda da colega e protestar contra a derrubada das suas emendas. “Antes mesmo de iniciar esta sessão, fui informada que minhas emendas seriam rejeitadas. É muito triste que pessoas que sequer leram as proposições votem contrárias a elas. Nós tivemos muito trabalho para redigi-las, pesquisando, ouvindo as demandas de diversos segmentos e agora sabemos que serão rejeitadas. Mas, mesmo assim, eu vou lê-las aqui para todos tenham conhecimento”, disse a parlamentar.

As demais emendas rejeitadas pelo plenário, das vereadoras Cassinha e Lene Teixeira, indicavam o repasse de recursos para diversas entidades das áreas da saúde, educação, assistência social e cultura.

Manifestações
O plenário da Câmara voltou a ser ocupado pelos servidores aposentados da Prefeitura. Eles mantiveram os protestos contra a suspensão do pagamento da complementação de suas aposentadorias.

Como também estavam presentes alguns manifestantes da área da cultura, o clima ficou um pouco tenso, com alguns mais exaltados chegando a forçar a grade de separação do público. A situação foi controlada pela segurança da Casa, que contou com o reforço da Polícia Militar.


Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário