15 de dezembro, de 2017 | 10:42

Ele quer voltar ao governo de Minas ou permanecer no Senado

Aécio confirma em entrevista que será candidato ao governo de Minas ou ao Senado em 2018

O senador Aécio Neves Neves (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (15), em entrevista à Rede Itatiaia de Rádio que vai disputar as eleições no ano que vem. Ele afirmou que irá concorrer à reeleição ao Senado ou tentar voltar ao cargo de governador de Minas Gerais.

De acordo com o senador, a definição só deverá ocorrer após conversa com "as forças políticas" que o apoiam. Ele não definiu data para esse anúncio. "Mas o Senado é o caminho natural", adiantou.

Semana passada o senador perdeu o cargo de presidente nacional do PSDB. O governador de São Paulo e pré-candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin, foi eleito no sábado passado (9) presidente do partido, em meio a uma convenção tumultuada.

Nove inquéritos no STF

Aécio Neves disse está confiante em se livrar de uma sentença que o condene em qualquer um dos nove inquéritos abertos contra ele no Supremo tribunal Federal (STF).

Sobre a natureza dos processos, afirmou que "dizem respeito a financiamentos de campanhas eleitorais”.

E que “nunca houve contrapartida e favorecimento a quem quer que fosse e eles deram ajuda em minhas campanhas eleitorais porque acreditavam no nosso projeto. De forma distinta, é o que a totalidade deles dizem", disse o senador.

Mandato

Em maio deste ano, o senador mineiro chegou a ser afastado do mandato por ordem do ministro Edson Fachin, do STF. A sentença do magistrado está relacionada ao empresário Joesley Batista, que, com o irmão Wesley, está preso desde setembro deste ano. Aécio só voltou ao congresso por força de decisão dos seus pares.

Segundo a investigação da Polícia Federal, os irmãos Batista, donos da JBS, um dos braços da holding J&F, se beneficiaram de informações relacionadas ao acordo de colaboração premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para obter lucro no mercado financeiro.

O senador Aécio Neves foi flagrado em escuta telefônica pedindo R$ 2 milhões a Joesley, com a alegação de ter que pagar advogados para se defender em processos na Justiça.

Aécio sustentou a versão segundo a qual o dinheiro seria relativa a uma negociação de um apartamento de propriedade de sua família e que Wesley Batista aproveitou-se disso para montar uma farsa a seu respeito.

“Esse valor não se trata de dinheiro público, mas um empréstimo privado. Fazer essa negociação com um homem que responde a vários processos foi um erro”, concluiu.