14 de dezembro, de 2017 | 19:01

Novo presidente fala dos planos para o Galo, agora sem o sonho da Libertadores 

O corte de investimentos no futebol - enxugamento na folha de pagamentos - foi um dos principais temas, além da apresentação de algumas das novidades da sua futura equipe

Divulgação
Presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara (à direita)Presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara (à direita)


Na manhã seguinte ao fim do sonho de chegar à pré-Libertadores, o novo presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, advogado, 52 anos, concedeu entrevista coletiva na sede do clube, em Lourdes, e falou do início e perspectivas de sua gestão. O corte de investimentos no futebol - enxugamento na folha de pagamentos - foi um dos principais temas, além da apresentação de algumas das novidades da sua futura equipe: o e-atleta alvinegro Alexandre Gallo é o novo diretor de futebol.

Ele também participou da entrevista e confirmou o acerto com o volante Arouca. Bebeto de Freitas assumirá a diretoria de Administração e Controle. Na base, onde houve mais alterações, o ex-atacante Marques foi anunciado como coordenador e Gustavo Cupertino como gerente, depois das demissões, dentre outros, de André Figueiredo e Diogo Giacomini.
 
Nomes  
 “Além do Lásaro (Cândido da Cunha, vice-presidente), que foi eleito na segunda-feira, temos o (Alexandre) Gallo, que tinha um contrato sob condição, ele só seria efetivado (como diretor de futebol) se eu fosse eleito. Assim, eu tive que trabalhar durante um bom tempo. As eleições em dezembro atrapalharam muito o planejamento.

Comprometeram significativamente. Aconteceram situações que não foram concretizadas porque empresários e jogadores que estavam sendo contactados não se sentiram seguros em fechar com a gente. O Gallo assume a diretoria de futebol. O Bebeto de Freitas assume a diretoria de administração e controle.

O Carlos Fabel segue na função dele (diretoria de finanças e orçamento), assim como o Domênico (Bhering, diretor de comunicação). Rodrigo Lasmar segue como diretor médico. Castellar Guimarães Filho (pai do presidente da Federação Mineira de Futebol) volta a ser assessor da presidência do Atlético. Fizemos também uma mudança na base.

Entendemos que o trabalho do André (Figueiredo, ex-diretor de futebol da base) nesse período foi importante, não temos nada a falar sobre a competência dele, mas o Atlético precisava de oxigenação na categoria de base. Convidamos nosso querido Marques, ídolo do clube, a quem tenho apreço. Vem o Marques para ser coordenador da base e o Gustavo Cupertino para ser gerente de base”.

Gallo
 “Entendemos que vai ser interessante, o Gallo tem um conhecimento amplo sobre o assunto. O Atlético tem que voltar a revelar jogadores para o time principal. O Atlético sempre revelou muitos jogadores, mas não tem sido assim nos últimos tempos. Entendemos que isso pode ser mais trabalhado e melhorado (com as chegadas de Gallo e Marques)”.

Futebol
“Vamos fazer uma readequação. É quase unanimidade. Vou seguir o que o meu diretor de futebol entender que é necessário para nosso futebol, juntamente com nossa comissão técnica. É trocar a roda do avião em pleno voo. Temos que readequar as finanças do clube. Vamos tentar com muita tranquilidade. Tenho mais seis dias úteis até Natal e ano novo. Tudo para no Brasil. Vamos tentar qualificar melhor o grupo. Entendemos que precisamos de mais força, mais juventude.

Temos trabalhado para fazer um time muito competitivo para o ano que vem. Vamos trabalhar muito pelo sucesso do clube. Vamos criar condições para isso. Estou me cercando de pessoas extremamente competentes. O Gallo tem me surpreendido positivamente, está muito antenado no mercado. Vamos readequar financeiramente, mas com um time vitorioso, que tenha mais sucesso”.

Dedicação ao clube e vida pessoal
“O presidente do Atlético não é remunerado. Tenho que pagar minhas contas. Tenho que dedicar boa parte do dia ao clube. Tenho pessoas ao meu redor que vão tocar meu dia a dia no escritório. Não vou me ausentar totalmente. Quando vou às corridas do meu filho (Sérgio Sette Câmara, piloto de F2), quase não fico com ele. É um esporte de risco, ele tem que estar concentrado. Mas não vou poder acompanhar as corridas. Só durante a Copa do Mundo, que o futebol dá uma parada. Dá para tocar tranquilamente o clube quando você se cerca de pessoas competentes”.

Mercado
“Se não tem dinheiro, você faz trocas. Estamos trabalhando com essas situações. Temos jogadores retornando, são jogadores que interessam a outros clubes. Poucos clubes têm dinheiro. O que estou buscando é para colocar a folha (salarial) do clube em dia, melhorar nossa situação. Acredito que vamos virar o ano quase 100% em dia com a folha. São muitas as informações. Tenho que me valer da diretoria que tenho. Sempre procurei me cercar de pessoas competentes para conseguir bons resultados.”
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