11 de dezembro, de 2017 | 15:27

Água: cuidado e preservação

Divulgação/ACS Cenibra
O consumo crescente e o desperdício, a contaminação dos mananciais vinculada à gestão ineficaz e as mudanças climáticas pelas quais a terra passa, desequilibram a relação entre a oferta e a demanda de água doce em boas condições para o uso do ser humano.

A falta de água afeta não só a saúde humana, mas também o equilíbrio ecossistêmico, o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e o rumo das relações entre as nações.

Essa crise hídrica não aconteceu de imediato, não está ligada a um setor produtivo, resultou de um longo processo de diversos acontecimentos que contribuíram para o problema, como o uso irrestrito e irresponsável dos recursos hídricos, as práticas ineficientes de gestão e a ausência de políticas públicas para preservação do recurso.

A Organização das Nações Unidas (ONU) considera “escassez de água” a disponibilidade de menos de mil metros cúbicos anuais de água doce para cada pessoa.

Essa medida coloca cerca de metade da população mundial em países com escassez de água (A ONU e a Água. A Conferência Internacional sobre Água e Meio Ambiente. http://nacoesunidas.org/acao/agua.htm>. Acesso em 27 de setembro de 2015).

Divulgação/ACS Cenibra
De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), em 2014 o Brasil possuía, em termos gerais, uma grande oferta hídrica. Por outro lado, também tinha uma diferença significativa entre suas regiões hidrográficas no que diz respeito à oferta e à demanda de água.

Nesse contexto, enquanto bacias em áreas que combinavam baixa disponibilidade e grande uso dos recursos hídricos podem enfrentar situações de escassez e estresse hídrico, outras se encontram em situação confortável, com o recurso em abundância.

É fundamental que todos possam compreender que a solução deve ocorrer a partir de ações efetivas, parcerias sérias, no sentido de readequar o uso dos recursos hídricos na sociedade (por empresas e instituições e pessoas) e sua devida recuperação e preservação.

A Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra), uma das maiores produtoras mundiais de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto, pratica uma gestão ambiental que busca equilibrar a execução das atividades operacionais e a preservação do meio ambiente.

A respeito do cenário atual de crise de disponibilidade hídrica, a Cenibra tem um Grupo de Trabalho que desenvolve estratégias de curto, médio e longo prazo para garantir sustentabilidade aos processos da empresa de forma integrada ao desenvolvimento das comunidades em que atua, respeitando também diretrizes das Deliberações Normativas emitidas por Governos e órgãos competentes.

Diante do atual cenário, a empresa iniciou um processo de readequação do procedimento de captação de água, sem comprometer a disponibilidade hídrica para os demais usuários dos corpos d’água.

Divulgação/ACS Cenibra
A Cenibra reduziu os pontos de captação e adequou o volume captado conforme a disponibilidade de água, a demanda para umectação das entradas para trafegabilidade e abatimento de poeira, bem como irrigação de plantio.

Além disso, foram implantadas gradativamente medidas para reduzir os impactos do tráfego dos veículos nas estradas, como redução de velocidade, horário e outras. Ações de longo prazo estão em andamento para otimizar o uso dos recursos hídricos nos processos de infraestrutura, silvicultura e colheita.

Atualmente, a empresa maneja florestas em 54 municípios de Minas Gerais, uma área de 255 mil hectares, sendo 51% de cultivo de eucalipto; 41% com matas nativas na forma de áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e outras áreas protegidas; e o restante em áreas usado como aceiros, estradas e outras infraestruturas.

Como uma organização com sistemas integrados (fábrica e floresta), a Cenibra desenvolve uma série de ações para monitorar parâmetros ambientais que sirvam como indicadores para avaliação e acompanhamento das atividades operacionais e cumprimento das legislações pertinentes.

Programas de monitoramento de água, solo, fauna e flora ocorrem em parceria com universidades e empresas especializadas. Os resultados destes monitoramentos são considerados no planejamento das atividades operacionais, bem como na definição de estratégias de conservação e proteção do patrimônio natural da empresa, com mais de 103 mil hectares de matas nativas.

Esta área (maior do que os 20% exigidos legalmente - Lei Nº 12651/2012 – Código Florestal) é povoada por uma rica fauna silvestre e tem diversos lagos e cursos d'água protegidos, segundo os critérios legais, onde mais de 4.500 nascentes fornecem água limpa às comunidades vizinhas da empresa, bem como mantém a biodiversidade.

Considerando a integração das atividades florestais e industriais, a empresa apresenta um balanço positivo e favorável à disponibilidade hídrica.

Ao longo dos anos, a Cenibra buscou otimizar o processo de produção de celulose; visando reduzir a utilização de água implantando projetos ambientais e inovações tecnológicas.

Atualmente, 95% do que é captado e utilizado no processo de fabricação da celulose retorna ao Rio Doce, após passar pela Estação de Tratamento de Efluentes da empresa, com todos os parâmetros de qualidade exigidos pela legislação plenamente atendidos.
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