06 de dezembro, de 2017 | 18:32

PF faz operação contra desvio de dinheiro do Ministério da Justiça em obra na UFMG

A Polícia Federal constatou, conforme informado em coletiva à imprensa, que R$ 4 milhões foram desviados do projeto de construção do Memorial da Anistia Política do Brasil

EM Press
Obra fica em terreno da UFMG, onde funcionou a FafichObra fica em terreno da UFMG, onde funcionou a Fafich
Oito mandados judiciais de condução coercitiva e 11 mandados judiciais de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal nesta quarta-feira, na apuração da não execução e o desvio de recursos públicos que deveriam ter sido destinados à construção do Memorial da Anistia Política do Brasil, em Belo Horizonte.

A Polícia Federal constatou, conforme informado em coletiva à imprensa, que R$ 4 milhões foram desviados do projeto de construção do Memorial da Anistia Política do Brasil. Oito mandados judiciais de condução coercitiva e 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela corporação pela na operação “Esperança Equilibrista”. Dentre os conduzidos, estão o reitor e a vice-reitora da UFMG e o presidente da Fundep.

A força-tarefa apura a não execução e o desvio de recursos públicos que deveriam ter sido destinados à construção do memorial, em um projeto financiado pelo Ministério da Justiça e executado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Leopoldo Lacerda, delegado da Polícia Federal, informou que oito pessoas conduzidas para prestar depoimento são da alta cúpula da UFMG.

A instituição, por sua vez, informou que os conduzidos são: Jaime Arturo Ramírez - Reitor; Sandra Goulart - vice-reitora (eleita para a Reitoria a partir de 2018); Alfredo Gontijo de Oliveira - presidente da Fundep (Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa); Heloísa Starling - ex-vice reitora (2006 a 2010) e coordenadora do Projeto República da UFMG; Rocksane Norton - ex-vice reitora (2010-2014) e Silvana Cozer - uma das responsáveis no Memorial da Anistia.

O presidente da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), o professor Alfredo Gontijo, também está entre os conduzidos. A investigação da PF aponta desvio de recursos públicos e falsificação de assinaturas de bolsistas e estagiários do projeto de execução do museu.
Segundo a PF, teriam sido gastos mais de R$ 19 milhões na construção do memorial e pesquisas de conteúdo para a exposição, mas o único produto aparente é um dos prédios anexos, ainda inacabado. "Temos provas de que pelo menos R$ 4 milhões foram desviados do projeto. Essa cifra tende a aumentar a partir do prosseguimento da investigação e da análise de todos os contratos de prestação de serviços," conta Leopoldo Lacerda.
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