05 de dezembro, de 2017 | 17:07

Medidas da Samarco para recuperar o Rio Doce são avaliadas

Representantes da mineradora são esperados para explicar atraso na reparação de danos da tragédia da mineração

Divulgação
Igreja do distrito de Paracatu, uma das localidades castigadas pelo “mar de lama” da mineração Igreja do distrito de Paracatu, uma das localidades castigadas pelo “mar de lama” da mineração
Nesta quarta-feira (6), a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai debater, em audiência pública, as ações da Fundação Renova, responsável pela criação, gestão e execução das medidas de reparação e compensação das áreas e comunidades atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana (Região Central do Estado). A reunião será às 15h, no Plenarinho I.

A finalidade da audiência pública é avaliar possíveis pendências e atrasos no cumprimento do termo de ajustamento de conduta assinado entre a Samarco, a Vale e a BHP Billiton com o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo e outros órgãos governamentais.

Os parlamentares querem saber se estão e como estão sendo aplicadas as medidas das empresas para a recuperação do Rio Doce, e a reparação dos danos causados às comunidades atingidas.

O desastre de Mariana, o maior do mundo com rompimento de barragem, ocorreu em 5 de novembro de 2015. Com o rompimento da barragem de Fundão, 40 milhões de metros cúbicos de lama de resíduos de beneficiamento de minério foram despejados na natureza. O acidente matou 19 pessoas, arrasou povoados e cidades e desabrigou centenas de famílias. A lama chegou à foz do rio Doce, no oceano Atlântico, causando transtornos também a moradores litorâneos.

Dois anos depois, os atingidos pela tragédia ainda lutam por indenizações. Só contra a Samarco existem mais de 50 mil ações na Justiça estadual. Das 36 multas aplicadas pelo Estado de Minas Gerais, a mineradora parcelou e começou a pagar apenas uma e recorreu de todas as aplicadas pelo Ibama. Os moradores de Bento Rodrigues, povoado que desapareceu com o desastre, continuam aguardando um novo lugar para morar.

Convidados
Dois representantes da Fundação Renova confirmaram presença na audiência pública: o diretor-presidente, Roberto Waack, e a diretora de Desenvolvimento Institucional, Andrea Azevedo. A Renova foi contratada pelo conglomerado de empresas da mineração para tratar das ações de reparação de danos sociais e ambientais da catástrofe. Também são aguardados representantes do Poder Executivo, do Ministério Público e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

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