19 de novembro, de 2017 | 08:30

Policial militar vai a julgamento por morte de jovem em Coronel Fabriciano

Soldado PM senta-se no banco dos réus, na quinta-feira (23), às 8h30, para responder a acusação de responsabilidade na morte de Frederico Alan de Souza Paiva

Arquivo pessoal
Frederico Alan de Souza Paiva tinha 26 anos, quando foi morto Frederico Alan de Souza Paiva tinha 26 anos, quando foi morto


O salão do júri, no Fórum Orlando Milanez, em Coronel Fabriciano, será palco do julgamento do policial militar David Marcelino. Ele senta no banco dos réus, na quinta-feira (23), às 8h30, para responder a acusação de responsabilidade na morte de Frederico Alan de Souza Paiva, de 26 anos, no dia 4 de julho de 2014. Fred, como era conhecido, era filho da vereadora fabricianense Carmem Paiva, a Carmem do Sintrocel.

O crime aconteceu após Fred ter avistado uma blitz de trânsito no local conhecido como “Estrada do Ivarte”, no bairro Alipinho, e ter tentado fugir. O motivo é que o veículo, de propriedade do irmão do condutor, estava sem o licenciamento daquele ano.

Em um primeiro momento, o policial relatou que atirou na tentativa de conter Fred, que havia desobedecido a uma ordem de parada e, teria partido com a motocicleta para cima dele, versão afirmada por uma testemunha e pelo companheiro de trabalho do policial militar.

Entretanto, outras testemunhas negam que o condutor da moto tenha jogado o veículo sobre os policiais que faziam a blitz e que muito menos houve luta corporal entre os dois. O acusado, David Marcelino, responde o processo em liberdade. A defesa tentou o desaforamento do julgamento (levar o julgamento para outra comarca), mas os pedidos apresentados foram negados pela Justiça.

O advogado Bruno Luiz, que atuará no julgamento como auxiliar da acusação, disse neste sábado, ao Diário do Aço, que a linha de trabalho será no sentido de sustentar a pronúncia de sentença, segundo a qual o policial agiu com dolo, ou seja, a intenção de ceifar a vida do jovem e pedir a condenação.
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Comentários

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Minha Opniao

21 de novembro, 2017 | 22:37

“Lembrando meus amigos nada justifica uma morte, nada. Mas vamos lembrar, o irmão do Fred, deu uma entrevista onde ele fala que o mesmo foi trocar um skate no tão falado sítio do Ivarte, tanto lugar para trocar um skate justo no Ivarte, onde pegou a motocicleta que de acordo com o irmão, estava com o documento inapto para transitar e de acordo com o irmão, foi a primeira vez que o Fred pegou sua motocicleta nesta condição (coisa que eu duvido muito) .Quem é de Fabriciano, sabe o que acontece no sitio do Ivarte. Então meus amigos nada justifica uma morte nada, mas vamos ser coerentes e imparciais.”

Observador

20 de novembro, 2017 | 21:47

“A um versiculo que diz assim , " Um abismo chama outro abismo " ou seja um erro leva a outro erro , errou o rapaz que foi morto ao acelerar em uma Blitz , errou o fardado ao atirar , o que furou a Blitz não teve uma atitude correta e o que atirou tambem não , todos erram e todos pagaram o rapaz da moto com a vida e o policial com a cadeia , um erro triste mas que sirva de alerta para outros ao furar uma Blitz .”

Anônimo

20 de novembro, 2017 | 09:30

“Fred era amigo da faculdade,uma daquelas pessoas mais adoráveis pois ele era dedicado, sincero e ajudava no que fosse preciso,ele era um cara do bem ,me lembro fim do semestre estávamos numa reunião da turma é ele todo feliz disse ''partiu dedicação porque esse semestre apertou'' ,foi a última vez que nós vimos e foi a despedida, poucos dias depois recebi a notícia que um covarde atirou pelas costas e o matou,se ele tivesse avançado com a moto pra cima do pm como ele acertaria as costas?Se eles entraram em luta corporal pq o colega de farda não apartou?Se eles tivessem entrado em luta corporal ele não teria caído a pouco metros da blitz em cima da moto, versão de defesa mal contada. Justiça e o que queremos!”

Ze Bolacha

20 de novembro, 2017 | 07:24

“vacilou , foi desobedecer , jogou pra cima dos pms , se tivesse feito certinho...e ainda tem quem defenda esse tipo de atitude .”

Marcos Guimarães

19 de novembro, 2017 | 23:44

“Nenhuma Mãe educa filho para ser infrator. O Fred era nosso amigo, bom aluno, boas notas! Ressalto aqui as palavras de Dona Carmem, no dia em que a PMMG lhe tirou o filho amado em ação covarde e premeditada.
“Meu filho era habilitado. Não tinha antecedentes criminais. Não usava drogas. Era estudante de Engenharia da Unileste. Jamais ele jogaria uma moto em cima de qualquer pessoa a fim de ferir alguém, por que ele era uma pessoa do bem. Nunca se envolveu em brigas, era querido aqui no bairro, toda a população está revoltada com esta Polícia. A moto não era roubada, a moto era do meu filho mais velho e estava com documento sem pagar desde 2012. Mas isto não é motivo para atirar e matar. O legista me disse que o tiro acertou as costas do meu filho e parou no coração. Meu Deus, alguém me explica, treinaram um assassino, fardaram ele e puseram uma arma de fogo na mão dele. Isto não pode ficar assim e não irá.”,
JUSTIÇA!”

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