09 de novembro, de 2017 | 13:42
Cabo PM foge de dentro de batalhão depois de condenado a 21 anos por homicídio
Simão Júnior é acusado de envolvimento com grupos de extermínio em Governador Valadares
O cabo PM Simão Conrado Pires Júnior, acusado de pertencer a grupo de extermínio que atuava em Governador Valadares fugiu depois de condenado a 21 anos por envolvimento em homicídio. Simão, que até já participou de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em que denunciou ser alvo de perseguições dentro da corporação, é procurado na condição de foragido da Justiça.O tenente-coronel Célio Menezes, comandante do 6º Batalhão da PM, informou que o acusado respondia em liberdade pelo crime, mas depois de condenado, o juiz determinou que ele fosse preso. Levado para o presídio militar da região, que fica na sede do batalhão, o cabo fugiu, com ajuda de um filho, que já está preso.
O oficial informou que o veículo usado na fuga foi apreendido e foram realizadas várias buscas, mas Simão não foi localizado. O militar que estava responsável pela custódia foi preso em flagrante. Um Inquérito Policial Militar investiga as circunstâncias da fuga e se o carcereiro foi negligente ou se facilitou a ação.
Entre os crimes dos quais o cabo é acusado está o caso do assassinato de Miriam Pereira Arantes, de 18 anos, ocorrido em setembro de 2013. Na época, o delegado Fábio Sfalsin, que apurou o caso informou que até dois militares, entre eles o cabo Conrado, por meio de um dos autores confessos, Getúlio Leal Pereira, de 22 anos. Getúlio confessou crimes a Mírian, pelo Facebook. Quando descobriu que a jovem usava um perfil falso, temendo que fosse denunciado, planejou o assassinato dela e, para isso, contou com a ajuda dos militares, que o teriam escoltado no dia do assassinato. O cabo da reserva, Marco Antônio da Silva Alves, de 41 anos, foi acusado de fornecer a arma usada na execução da jovem. Miriam Arantes foi morta a tiros quando passava em uma moto com o namorado, que também foi ferido a tiros.
Em outra situação, o cabo Simão Conrado Pires Júnior chegou a ser preso em 2011 suspeito de receber encomenda de um fazendeiro para matar um assaltante. Na época, o delegado Jeferson Botelho apontou que ele seria integrante de um grupo de extermínio. Em 2014, o cabo participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa em que denunciava sofrer perseguições de superiores na Polícia Militar.
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