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07 de novembro, de 2017 | 20:15

Prefeita alvo da Polícia Federal debochou sobre propina: " Um bilhão, eu fico "

Segundo a PF, as investigações identificaram uma “verdadeira ciranda da propina”, que consistiria na vitória fraudulenta de empresas dos parentes dos três prefeitos em licitações


A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira, a Operação Fraternos, que investiga contratos fraudados em três prefeituras da Bahia.  Somados, esses contratos chegam a cerca de 200 milhões de reais. A operação envolveu a condução coercitiva e a busca e apreensão na casa da prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, e dos prefeitos de Eunápolis, Robério Oliveira, e de Santa Cruz Cabrália, Agnelo Santos, todos do PSD. Os três são parentes entre si: Agnelo é irmão de Cláudia, casada com Robério.

Na operação 250 policiais federais cumpriram 21 mandados de prisão temporária, dezoito de condução coercitiva e 42 de busca e apreensão, com autorização do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

A prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, ficou conhecida em 2012, quando ainda era deputada estadual e concorria ao cargo. Andando por uma mata, Cláudia Oliveira brinca com a possibilidade de construir uma ponte na cidade, dizendo que “serão investidos dois bilhões. Um bilhão, eu fico”. À época, a divulgação do vídeo pelo jornal O Globo e reproduzido em programas de televisão, como o extinto CQC (Band), não impediu que ela fosse eleita, com cerca de 37% dos votos, e reeleita em 2016. A gravação está disponível na internet.
Somados, contratos assinados pela prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, e os prefeitos de Eunápolis, Robério Oliveira, e de Santa Cruz Cabrália, chegam a cerca de 200 milhões de reais, tudo entre parentes Somados, contratos assinados pela prefeita de Porto Seguro, Cláudia Oliveira, e os prefeitos de Eunápolis, Robério Oliveira, e de Santa Cruz Cabrália, chegam a cerca de 200 milhões de reais, tudo entre parentes

Segundo a PF, as investigações identificaram uma “verdadeira ciranda da propina”, que consistiria na vitória fraudulenta de empresas dos parentes dos três em licitações, se revezando “para camuflar o esquema”. “Em muitos casos, chegavam ao extremo de repassar a totalidade do valor contratado na mesma data do recebimento a outras empresas da família”, escreve a nota.

No esquema, as três prefeituras, todas no sul da Bahia, contratavam alternadamente as empresas do grupo familiar após a falsa competição entre elas. O dinheiro, na sequência, era lavado através de “contas de passagem” em nome de outras pessoas e, ao final, retornava para os membros da organização criminosa. A Polícia Federal traz, como exemplo, o caso do ex-funcionário de uma dessas corporações que se tornou sócio de outra. Para integrar a sociedade, ele teria investido 500.000 reais apesar de a sua renda mensal ser de apenas 800 reais.

Cláudia Oliveira, Prefeita de Porto Seguro (BA) / DivulgaçãoCláudia Oliveira, Prefeita de Porto Seguro (BA) / Divulgação


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Comentários

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Leoncio Simoes

08 de novembro, 2017 | 08:20

“35 partidos oficial ai fica dificil vijiar os bandidos politicos tem que prens
Der tudo politico nao poderia ter salario ai so ficariam quem realmente quer ajudar o pais.”

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