26 de outubro, de 2017 | 09:27

55 anos de uma história e qualidade

Arquivo DA/ACS Usiminas
A Usiminas de ontem...A Usiminas de ontem...
Um grupo de idealizadores mineiros, certos de que a indústria siderúrgica teria importância essencial para o país e para o mundo, articulou, em 1950, um importante movimento para viabilizar a implantação da primeira grande usina de siderurgia em Minas Gerais.

Fundada em 25 de abril de 1956, a Usiminas viria a ser implantada no Horto de Nossa Senhora, atual Ipatinga, em um cenário de absoluta euforia e otimismo no Brasil, gerados pelo Plano de Desenvolvimento do governo do também mineiro Juscelino Kubitschek.

Em 1958, a Usiminas tornou-se uma joint venture, com participação de capital estatal em parceria com acionistas japoneses, gerando um novo estilo de gestão compartilhada, nos moldes da iniciativa privada.

O aporte de capitais do Governo do Estado de Minas Gerais, do Governo Federal e do Japão significou, à época, a realização do ideal mineiro e, ao mesmo tempo, atendeu ao desejo e necessidade do Japão de demonstrar a presença e a marca de sua tecnologia no mundo ocidental.

O então presidente da República, João Goulart, foi quem inaugurou a Usina Intendente Câmara, em 26 de outubro de 1962. Com uma tocha trazida de Ouro Preto, simbolizando os inconfidentes mineiros, ele acendeu o primeiro alto-forno da usina. Pouco depois disso teve início a primeira corrida de gusa e a produção industrial da Usiminas, naquela que viria a ser a primeira de uma série de novas etapas e inaugurações.

Arquivo DA/ACS Usiminas
A Usiminas de hoje...A Usiminas de hoje...
Dotada de grandes recursos humanos, tecnológicos e financeiros nos tempos atuais, a empresa tinha pouca estrutura naquela época e as condições humanas de trabalho eram precárias. No decorrer de 1963, a usina estava em formação e contratava pessoas de todo o país e até estrangeiros, e entre estes, a maioria era de japoneses.

Os empregados contratados não tinham experiência no ramo siderúrgico e não entendiam muito do assunto. Os canteiros de obra eram rodeados de caixotes, onde se vendia de tudo um pouco. Os ainda poucos moradores do lugar se misturavam com o borbulhar de gente que chegava a cada dia, para tocar aquela que viria a ser a maior empresa siderúrgica do país.

Evolução
Na década de 1970, época do chamado “milagre brasileiro” e da ditadura militar, a economia se recuperava e crescia, reflexo das medidas adotadas pelo governo federal. E a Usiminas desempenhou um papel fundamental neste processo, fornecendo o insumo básico para reativar a indústria pesada brasileira, naval, automobilística e de construção civil.

Em 1971, a capacidade de produção da Usina Intendente Câmara alcançou 1 milhão de toneladas de aço/ano, abrindo oportunidade para três novas fases de expansão que a levariam, ao final da década, a produzir 3,5 milhões de toneladas anuais. A equipe da empresa trabalhava firme para a expansão da produção de aço. E com a ousadia dos vencedores, transformou a Usiminas na mola propulsora para o crescimento do Brasil.

Se os anos 70 foram de crescimento, nos anos 80 o Brasil recuou. Palco de uma profunda recessão industrial e econômica, o país enfrentou dívidas, inflação, desemprego e queda do PIB, lançando um novo desafio à Usiminas: ajustar-se ao conturbado quadro conjuntural.

Com um gerenciamento inteligente e flexível, a Usiminas adotou um rígido programa de economia interna, controlando os investimentos em função da manutenção do pessoal e melhor uso de seus recursos físicos, financeiros e humanos.

E quando o período crítico findou, abrindo novas perspectivas à indústria siderúrgica, a Usiminas criou oportunidades para intensificar a busca por tecnologias mais avançadas e maior grau de automação de suas unidades produtivas.

E nem mesmo as enormes dificuldades enfrentadas nos últimos anos levaram a empresa a diminuir a sua importância no cenário econômico e industrial do país. O maior capital da empresa, que são os seus colaboradores, cuidará sempre de manter viva esta chama de pioneirismo e modernidade.
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Comentários

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Gildázio Garcia Vitor

26 de outubro, 2017 | 15:34

“A qualidade Usiminas nada mais é do que o resultado do trabalho de milhares de empregados que passaram por ela ao longo desses 55 anos, incluindo até alguns dirigentes, como o saudoso Professor Doutor Rinaldo Campos Soares. Parabéns a todos os trabalhadores que fazem a empresa ser o que é!”

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