23 de outubro, de 2017 | 09:38

Morre a escritora Angela-Lago

Túlio Santos/EM/D.A.Press
Angela-Lago deixa uma lacuna na literatura mineiraAngela-Lago deixa uma lacuna na literatura mineira
A escritora e ilustradora Angela-Lago, de 71 anos, morreu na madrugada deste domingo (22), vítima de uma embolia pulmonar. Autora de mais de 30 livros, premiada no Brasil e no exterior, a artista criou um universo próprio e singular e deu nova dimensão à literatura infantil brasileira. Angela-Lago vivia atualmente em um sítio em Jaboticatubas.

Nascida em Belo Horizonte, formou-se na Escola de Serviço Social da PUC-MG. Viveu nos Estados Unidos, na Venezuela e na Escócia. De volta ao Brasil, em 1975, dedicou-se à literatura infantil.

Seus livros trazem uma linguagem inovadora, mesclando referências das artes plásticas contemporâneas à tradição popular brasileira, além de textos poéticos.

A obra de Angela-Lago se destaca pela delicada articulação entre imagem e texto, criando sentidos que superam a mera ilustração. Lançou seus primeiros livros em 1980 e sua produção é bastante vasta, explorando diferentes recursos gráficos de espaço e tempo de maneira inovadora.

Foi também pioneira no uso das narrativas na internet e atuou como tradutora. Colaborou com inúmeros escritores e artistas mineiros, ilustrando e fazendo parcerias em publicações. Em 2016, lançou um livro de poemas – ‘O caderno do jardineiro’ – com imagens de plantas e fruto de sua vivência em Biribiri, distrito de Diamantina, onde morou.

O escritor Afonso Borges, idealizador do Sempre um papo, lamentou a partida da escritora. "Domingo com cigarras cantando, antes do meio dia. Os antigos dizem que isso é anúncio de temporada de chuva muita. Mas o canto das cigarras chega com outro anúncio: Angela-Lago ficou encantada", escreveu em seu perfil do Facebook. (Com site UAI)
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