20 de outubro, de 2017 | 18:20
Aluno atirador era excluído por colegas e alvo constante de ofensas
O autor do atentado é um adolescente de 14 anos, filho de um casal de policiais militares de Goiás
O adolescente de 14 anos autor dos disparos que mataram dois colegas e feriram outros quatro no Colégio Goyases, em Goiânia, premeditou o crime e se inspirou nos massacres de Columbine, nos Estados Unidos, e Realengo, no Rio de Janeiro.A informação é do delegado da Polícia Civil, que acompanha o caso.
"Ele me disse que se inspirou em duas tragédias: Columbine e Realengo. E pensava em se vingar há aproximadamente dois meses", informou o delegado Luiz Gonzaga, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depais), unidade para onde o garoto foi levado.
O massacre de Columbine ocorreu em 20 de abril de 1999 na Columbine High School, em Columbine, no Estado do Colorado, Estados Unidos, e deixou 12 alunos e um professor mortos.
Os autores do crime, os estudantes Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17, cometeram suicídio. Já o caso de Realengo, na zona oeste do Rio, ocorreu em 7 de abril de 2011 e resultou na morte de 12 alunos na Escola Municipal Tasso da Silveira. O responsável pelo crime, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, também se matou.
Foi inspirado nesses dois casos que um aluno do oitavo ano, estudante do colégio particular Goyases, em Goiânia, Goiás, atirou em seus colegas de sala, na manhã desta sexta-feira (20), ao término das aulas.
Adolescente era excluído do grupo e era constantemente alvo de chacota pelos colegas por causa do seu cheiro, dizem testemunhas
Segundo informações do Corpo de Bombeiros da cidade, dois estudantes foram mortos no local. Outros quatro ficaram feridos e levados a hospitais. As vítimas têm entre 12 e 13 anos.
A corporação foi acionada por volta das 11h20 por uma professora, que avisou sobre a invasão e os disparos. Ainda de acordo com os bombeiros, o atirador foi apreendido pela Polícia Militar.
A Polícia Militar de Goiás confirmou que a arma utilizada no crime pertence à mãe do estudante, uma policial militar. O pai do rapaz também é major da Polícia Militar de Goiás (PMGO). Ele usou uma pistola de calibre .40, de uso da corporação, para efetuar os disparos.
A motivação pode estar associada ao bullying. Testemunhas disseram que "alguns alunos contaram que outros estudantes chamavam ele de 'fedorento' e planejavam levar um desodorante hoje para ele. Ele deve ter ficado com o psicológico alterado", disse a tia de uma das vítimas.
Uma colega de sala relatou que o adolescente sentava na última cadeira da sala, era excluído pelos outros jovens e sempre foi alvo de ofensas por causa de seu cheiro. Em uma ocasião, os estudantes chegaram a jogar desodorante no adolescente, como uma "brincadeira".
Coincidência, ou não, justamente nesta sexta-feira (20/10) foi celebrado o Dia Mundial de Combate ao Bullying. A data é considerada um alerta internacional para o problema comum, que muitas vezes é negligenciado em esferas públicas. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), uma em cada três crianças do mundo, de 13 a 15 anos, é vítima de bullying em colégios.
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Marilene
24 de outubro, 2017 | 17:04A vida toda sofri por ser magricela.Deboches, Olívia Palito pra lá e pra cá.
Não tinha psicólogo.
O melhor era não dá pits.
Até meus 40 anos passei por isto.
E, há mais de 30 anos sou criticada agressivamente pelos meus familiares, por ser evangélica.
Justifica eu apelar?”
Marcos Guimarães
23 de outubro, 2017 | 01:12Bom! O crime não compensa e nem se justifica as razões para seu acometimento. Crime se explica, mas não se justifica, a não ser em casos de Legítima defesa. Concordo em partes com Sua Senhoria, Marilene, contudo, afirmar com toda a certeza as palavras que vossa pessoa citou , no que tange, a higiene pessoal, não é elegante, é uma forma de rotular a quem nós não conhecemos , a não ser pela manchete dos jornais. Acredito que suas afirmações defendem a prática do bullying, o que não justifica o crime.
Afirmo estas palavras com tal certeza, pois eu também , por ocasião de trabalho em uma grande Empresa do Setor Aéreo, aqui no vale do Aço, também fui vítima de componente cruel deste bando de pessoas sem amor ao próximo ou sequer alma, pior, ainda tive que assinar um documento por ocasião de uma avaliação de desempenho profissional, concordando com a opinião da Gestora que achava que eu FEDIA.
O Bullying é mais comum do que se pensa. As mentes mais maquiavélicas na sociedade, adoram perverter o juízo , e se unir em torno de pessoas que corroboram com a mesma ideia, para praticar crimes contra a dignidade humana alheia. Afirmar que alguém fede, humilhar por ser negro, gordo , alto , baixo, feio, pobre, por morar no morro? Vejamos o outro lado desta moeda: _ Que tipo de pai prepara o filho para matar? Que pai é esse que prepara o filho para tirar sarro dos outros na escola? A pessoa que se acostuma a tirar o sarro e não tem limites interpostos por pai e mãe, é a mesma pessoa que no dia de manhã vai gerenciar uma empresa e Assediar moralmente as pessoas que precisam trabalhar.
O meu filho tem 14 anos, já foi muito vitimado nas escolas por onde passou, mas eu o Eduquei a tratar o problema como brincadeira, e se colocarem apelido nele, que ele coloque de volta. São crianças, precisam saber como reagir diante de situações que possam ser vexatórias, mas cabe aos pais ensinar.
Eu não pus uma arma na mão para tirar a vida de quem me causou além do Bullying, também a demissão, por não me aceitar por questões de cor e raça, mas temos um Deus no céu que tudo pode, e ele é quem nos fortalece.
Que os pais deste garoto, também aprendam a lição, de que deveriam guardar suas armas em local seguro, e se esse garoto sabe atirar com uma P.40 , certamente ele teve treinamento.
Lamentável!”
Marilene
22 de outubro, 2017 | 19:23Isto não lhe daria o direito de matar seus colegas.
O cheiro, a falta de higiene pessoal deveriam ter sido observados pelos pais e o levar a um tratamento, pois isto é indício de um transtorno.
Ele premeditou o crime.
Falava sempre que mataria em sala de aula.
Achavam que estava brincando.
Era um dos mais fortes sinais!”