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17 de outubro, de 2017 | 13:39

Polícia descobre fábrica clandestina de metralhadoras na Grande São Paulo

Foram encontradas metralhadoras em fase de montagem e munições, algumas de calibre .50, capazes de abater aeronaves e perfurar blindados

Divulgação PMSP
Armas de fabricação artesanal tinham até logomarca e numeração Armas de fabricação artesanal tinham até logomarca e numeração


A Polícia Civil de São Paulo descobriu na segunda-feira (16) uma fábrica clandestina de metralhadoras em um imóvel em Ferraz de Vasconcelos, município da Grande São Paulo.

Na residência, foram encontradas cinco metralhadoras em fase de montagem e várias munições, algumas de calibre .50, capazes de abater aeronaves e perfurar veículos blindados.

De acordo com a polícia, um homem que estava no local foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

As investigações foram feitas por agentes do 44° Distrito Policial e a ação contou com o apoio do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A polícia diz acreditar que elas seriam usadas em ações criminosas no Estado, como, por exemplo, roubo de cargas, que teve um acréscimo de 10% em agosto, e de caixas eletrônicos.

Os responsáveis pelo local vendiam por mês 50 metralhadoras e diziam aos compradores - ladrões e traficantes - que as armas eram produzidas nos Estados Unidos, chegavam ao Paraguai em peças e eram montadas na oficina.

Duas agendas com nomes e números de telefones de possíveis compradores foram apreendidas. Duas pessoas acabaram sendo presas: Vanderlei Cipriano, de 27 anos, e Eliezer Ferreira, de 37, o Zuza. A polícia acredita que outras três pessoas estejam envolvidas no crime e seriam as verdadeiras donas da fábrica.


"Achamos armas montadas e desmontadas, munição e máquinas", disse o delegado Lupércio Antonio Dimove, do 32º Distrito Policial (Itaquera). A prisão de um assaltante com uma metralhadora, no fim de semana, levou os policiais até Ferraz de Vasconcelos. O ladrão indicou aos policiais o local onde comprara a metralhadora por R$ 5 mil.

Quando os investigadores entraram na oficina, Ferreira e Cipriano trabalhavam na montagem de duas metralhadoras. "Eles estavam fabricando cópias de uma metralhadora americana e vinham agindo havia mais de um ano", garante Dimove.

A polícia acredita que mais de 600 metralhadoras foram fabricadas na oficina e estão em mãos de criminosos. Os policiais acharam 20 silenciadores, 28 suportes, 152 carregadores, cinco metralhadoras já montadas, 30 empunhadeiras, 56 molas, munição para o teste e dezenas de peças para montagem. "É um verdadeiro arsenal a serviço do crime".

A polícia acredita que a maioria das peças era confeccionada na oficina. Havia ainda dois tornos para o preparo dos canos e silenciadores. Cipriano e Ferreira, que foram autuados em flagrante por porte e fabricação clandestina de armas, disseram ter recebido oficina, armas e peças de um parente morto no ano passado. (Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil)

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