15 de outubro, de 2017 | 07:30

Horário de verão novamente divide opiniões nas ruas

Controversa, a alteração nos ponteiros divide opiniões e o Diário do Aço foi às ruas saber do povo se o horário de verão ainda é aprovado pela maioria

O horário de verão 2017/2018 começou à 0h deste domingo (15) e vai até o dia 17 de fevereiro. Neste período, totalizando 126 dias, os relógios ficam adiantados em uma hora. O governo avaliou a possibilidade de suspender a adoção da medida, válida para os estados da região Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Contudo, a escassez de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas influenciaram para a manutenção do horário de verão no calendário brasileiro.

A redução de consumo energético, principal motivo da implantação do horário, tem caído com o passar dos anos por causa dos novos hábitos da população. O Operador Nacional do Sistema (ONS) aponta que, no horário de verão praticado entre 2016 e 2017 a economia foi de R$ 159,5 milhões, valor abaixo do período de 2015/2016, que totalizou R$ 162 milhões.

Para o próximo ano, o governo informou que será realizada pesquisa a fim de decidir se o horário de verão será mantido para os dez estados e Distrito Federal.

Nas ruas de Ipatinga, o Diário do Aço foi perguntar se as pessoas são a favor ou contra o horário de verão, comprovando uma nítida divisão em torno ao assunto.

A ipatinguense, que mora em Fortaleza (CE), Edilaine Alves, de 36 anos, não gosta da mudança de horário. “Não beneficia em nada, ao contrário, minha conta de energia costumava vir mais cara, pois a gente vai dormir mais tarde e acaba consumindo mais. Hoje moro no Ceará, lá não tem horário de verão e a falta dele não interfere na rotina”, pontua a técnica de enfermagem.

Aposentado, Rogério Rodrigues, 57 anos, também não agrada do horário em vigência. “Ficou comprovado que a redução de energia é muito pouca. Eu não gosto, pois acordo muito cedo e daí o dia ainda está de madrugada. Caso tenha a votação sobre o horário de verão, eu vou votar a favor da extinção dele”, destaca Rogério.

Já a dona de casa Rosa Bueno, de 59 anos, disse que prefere o horário de verão ao horário normal. “Gosto mais porque alonga o dia. Assim, eu tenho mais tempo para fazer tudo o que eu preciso. Com o horário de verão, às 18h ainda temos a luz do sol. Eu votaria a favor da manutenção do horário”, informa Rosa.

A auxiliar de serviços gerais, Marilza Silva, de 49 anos, não gosta do horário de verão exatamente por alterar a rotina. “Quando acorda ainda está muito escuro e fica claro até mais tarde. Não gosto desta mudança porque mexe muito com a nosso dia a dia. E quando a gente está acostumando, o horário termina”, ressalta Marilza.

A vendedora ambulante, Simone Gonçalves, de 45 anos, foi enfática ao dizer sua opinião contrária ao novo horário. “Eu detesto. Apesar de movimentar o comércio um pouco, mas o trabalhador é que sofre, porque acaba dormindo mais tarde e tem que levantar cedo do mesmo jeito. Eu votaria contra o horário de verão”, afirma Simone.

Para o porteiro Edmilson Gonçalves, 49, o horário de verão traz muitas vantagens. “Eu gosto bastante. O dia fica maior, dá para aproveitar mais o nosso tempo. Não me incomoda ter sol até mais tarde não, pelo contrário. Caso tenha a votação no próximo ano, eu sou a favor que continue com o horário de verão”, declara Edmilson.