02 de outubro, de 2017 | 09:07
Aumenta a 59 mortos e 527 feridos no massacre de Las Vegas
Congressistas democratas pedem controle de armas após tiroteio em Las Vegas
O número de mortos pelo ataque indiscriminado contra os participantes de um show de música country em Las Vegas já chega a 59, enquanto são mais de 527 os feridos, informaram as autoridades estadunidenses.
O chefe da Polícia Metropolitana de Las Vegas, Joe Lombardo, atualizou os números em uma entrevista coletiva. Ele disse que o suposto autor, que fez o ataque do 32° andar do Mandala Bay Hotel e Casino, que fica próximo ao local do show, já foi identificado. É Stephen Paddock, de 64 anos. O atirador foi morto pela polícia.
O presidente dos EUA, Donald Trump limitou-se a falar de "um ato de pura maldade", sem mencionar que foi cometido com uma arma de fogo potente e que o atirador tinha pelo menos outros nove rifles com ele.
A companheira de quarto do atirador, Marilou Danley, uma mulher asiática, está sendo procurada pela polícia.
Lombardo afirmou que o FBI e a polícia local estão investigando e que - apesar de ser uma investigação de longo prazo - o ataque tem características de "lobo solitário", quando um indivíduo age sozinho. Mesmo assim, a companheira de quarto do suspeito está sendo procurada.
As autoridades disseram que um policial de plantão está em estado crítico e outro ficou ferido no tiroteio. Dois policiais fora de serviço presentes ao show foram mortos.
O atentado aconteceu durante a apresentação do astro da música country Jason Aldean, no Harvest Festival Rota 91. Segundo informações, ele estava tocando a última música do concerto, quando os tiros começaram a ser disparados.
Os sobreviventes disseram ter pensado que os disparos eram fogos de artifício. Videos postados nas redes sociais mostram o pânico das pessoas fugindo dos disparos. (Com informações da Agência EFE)
Congressistas democratas pedem controle de armas após tiroteio em Las Vegas
Diversos congressistas democratas pediram nesta segunda-feira para que os republicanos deixem de bloquear as leis para o controle de armas nos Estados Unidos após o tiroteio ocorrido no domingo em Las Vegas, o maior da história do país, com pelo menos 58 mortos e 515 feridos.
A líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, enviou uma carta ao presidente da casa, o republicano Paul Ryan, para solicitar a criação de uma comissão sobre a violência com armas de fogo e submeter a votação o projeto de lei "King-Thompson Background Check", apresentado pela primeira vez em 2015 para aumentar o controle sobre este tipo de armamento.
"O comitê bipartidário fará recomendações para evitar atrozes tragédias como o tiroteio em massa em Las Vegas e para restaurar a confiança na segurança das nossas comunidades", informou Pelosi em comunicado.
Também foi contundente a senadora democrata Elizabeth Warren, que ressaltou no Twitter que "tragédias como a de Las Vegas ocorreram muitas vezes" no país.
"Necessitamos ter um debate sobre como frear a violência com armas de fogo, e precisamos agora. Pensamentos e orações não são suficientes. Não quando mais mães e pais enterrarão seus filhos nesta semana e mais filhos e filhas crescerão sem pais", afirmou, em alusão às mensagens dos líderes republicanos, que se limitam a dar o pêsame às vítimas, mas não condenam a violência por arma de fogo.
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