30 de setembro, de 2017 | 11:15

Abra o olho Vale do Aço: Vamos ficar vivos e agir

José Edélcio Drumond Alves

“Qui ante purissimam aquam liberetis”. Vamos começar com esta frase em latim para homenagear o nosso querido padre Efraim Solano da Rocha, um grande latinista que a traduziu em uma de suas obras: Quem vai na frente bebe água limpa.

Podemos até ter saído na frente, mas estão furando os nossos olhos no projeto da implantação regional do SAMU. A água já não está tão limpa, mas ainda podemos dela beber e temos fortes argumentos para tomarmos a dianteira desta disputa, vejamos:
- Nesta disputa, num raio de 100 quilômetros de Ipatinga excluindo a nossa concorrente Governador Valadares, somos cidade-polo de mais ou menos vinte e oito cidades.
– O nosso atendimento médico-hospitalar regional supera, em números, o da região de lá.
- Temos qualidade de serviços hospitalares que são destaques e reconhecidos no Estado e no Brasil.
Claro que ela, a concorrente, merece todo o nosso respeito, pois sua população chega a superar a da cidade de Ipatinga.

A simples análise estatística das cidades que formam a Região Metropolitana do Vale do Aço (Coronel Fabriciano – Ipatinga – Timóteo – Santana do Paraíso) o número de habitantes é de aproximadamente é de 450.000. Considerando os 28 municípios que formam o Colar Metropolitano, e somando as cidades que fazem da nossa região o polo que as atende e socorre, temos mais de 750.000 habitantes.

Numa análise comparativa, excluindo aquelas cidades polos como Caratinga, Teófilo Otoni e outras, temos uma vantagem populacional bem considerável (cerca de 11%).

Com esta simples análise, podemos perguntar: POR QUE LÁ, E NÃO CÁ, A INSTALAÇÃO DA REGIONAL DO SAMU? Devemos ressaltar que Governador Valadares tem uma força política significativa; que o valadarense se orgulha de sua cidade. Numa situação desta, eles se unem e vão à luta colocando sua raça e amor.

Vou perguntar sem ofender: E NÓS? Fiz esta pergunta a um velho amigo e ele, sem titubear, me respondeu: “estamos eternamente deitados num berço esplêndido”. E completou: “se perdermos esta batalha é mais uma da rotina que vivemos”.

Diante desta verdade, ele profetizou: “nós só ganharemos se as nossas lideranças adotarem a causa com amor à região, não se acomodando e por ela lutar”.

Quem são os nossos líderes? É a pergunta que ouso responder assim: Representantes do Poder Legislativo, Chefes dos Executivos, lideranças sindicais, clubes de serviço e, porque não dizer, povo e outros mais.
Que bom seria se houvesse uma vontade de servir, uma união sem interesses, mais amor à região, deixar de lado o comodismo e nos tornar pessoas que “olham mais além de si mesmo”.

Se houver união e vontade, com certeza, UNIDOS VENCEREMOS. Certamente, UNIDOS VENCEREMOS”.

* Advogado e empresário