30 de setembro, de 2017 | 10:50

Só alegria

Divulgação
A China Azul continua comemorando o pentacampeonato da Copa do Brasil, conquistado com todos os méritos na última quarta-feira, ao derrotar o Flamengo, nos pênaltis, depois de empates nos dois jogos finais.
O goleiro Fábio mais uma vez brilhou e foi o herói da conquista, não só por defender a cobrança de Diego, que deu o título ao Cruzeiro, mas pela regularidade de suas atuações, que ratificam sua condição de maior ídolo na história recente do clube.

Outro destaque foi o técnico Mano Menezes, cujos métodos foram bastante contestados no início da temporada, após perder o Campeonato Mineiro, e que agora são elogiados até por quem o acusava de ser muito conservador ou excessivamente cauteloso na defesa.

Mano Menezes repete, no Cruzeiro, a fórmula que sempre adotou nos clubes por onde passou, do futebol sem tanto brilho, mas eficiente do ponto de vista coletivo, que costuma dar resultados positivos.

Agora garantido na fase de grupos da Libertadores 2018, se continuar na mesma toada no Brasileiro – hoje, no Mineirão, tem um forte desafio pela frente, nada menos que o líder e virtual campeão, Corinthians -, o Cruzeiro pode abrir mais uma vaga na maior competição continental, transformando o G-6 em G-7, o que poderá beneficiar, inclusive, o maior rival, o Atlético, se este de fato reagir nas próximas rodadas.

Outro recomeço
Começa hoje, na Arena da Baixada, em Curitiba, contra o Atlético/PR, a era Osvaldo de Oliveira no Galo, o 5º técnico contratado na gestão da atual diretoria, o 3º que dirige o clube só este ano. São três situações previstas para o alvinegro, a partir de agora, com este novo comando.

No lado bom, ocorreria a façanha de classificar-se no mínimo para a Pré-Libertadores. Mas se for aos trancos e barrancos, o Galo ainda pode se safar do rebaixamento, a maior preocupação dos dirigentes e da torcida no momento, que hoje é uma realidade.

O jornalista Juca Kfouri costuma dizer que “no futebol pode acontecer de tudo, inclusive nada”. Se der ruim com Osvaldo de Oliveira, se o time não evoluir, se não ganhar, aí será o caos. Uma coisa é certa: pior do que o Micale não é, pois Osvaldo sabe lidar com “madonas” e pernas de pau, itens que sobram no atual elenco atleticano.

Resta ao torcedor alvinegro guardar a sua raiva na geladeira, apoiar o atual treinador e os jogadores, torcer para o melhor acontecer, até porque o futebol apresentado pela equipe nos últimos jogos chegou ao limite da ruindade.

FIM DE PAPO
• Em clima agitado como nunca se viu antes, será eleita amanhã a nova diretoria do Cruzeiro, apenas cinco dias após a conquista do 5º título da Copa do Brasil. Duas chapas estão na disputa, uma delas encabeçada pelo empresário Wagner Pires de Sá, apoiado pela atual diretoria; e outra de oposição, liderada pelo advogado Sérgio Santos Rodrigues, que conta com o apoio dos Perrelas.

• E o Dr. Gilvan, quem diria, criticado graças às contratações equivocadas de jogadores e treinadores que resultaram em péssimas campanhas do time após o bicampeonato no Brasileiro, está deixando a presidência após seis anos de mandato com a popularidade em alta. Afinal de contas, como presidente ele ganhou nada menos do que dois títulos Brasileiros e uma Copa do Brasil, o que, convenhamos, é para poucos.

• Por ter conquistado a Copa do Brasil, o Cruzeiro faturou algo em torno de R$ 12 milhões só em premiações, se considerar os valores obtidos no decorrer das sete fases da competição que disputou. Só contra o Flamengo, faturou R$ 6 milhões pela vitória na decisão.

Acontece que, em 2018, a grana para o vencedor será quase seis vezes mais, devendo atingir R$ 68,7 milhões contando todas as etapas. Só na final o prêmio ao vencedor será de R$ 50 milhões. E o vice receberá R$ 20 milhões.

Tudo isso por conta da renovação dos direitos de transmissão com a Rede Globo, que abrange o período de 2018 a 2022, quando serão investidos pela emissora algo em torno de R$ 300 milhões por ano, considerando-se as cotas de participação, os prêmios e a logística de viagens das equipes.

• Até aí tudo bem. O problema é que, se continuar assim, ou não houver também uma melhora significativa nos valores pagos aos clubes por suas participações no Campeonato Brasileiro, corre-se o risco da competição se esvaziar ainda mais, ao ponto de brevemente se igualar às disputas estaduais, hoje totalmente desmoralizadas.

A título de comparação com o Campeonato Brasileiro deste ano, Atlético e Cruzeiro recebem, cada um, R$ 60 milhões, ou seja, menos dinheiro do que a Copa do Brasil vai pagar no ano que vem, por muito menos jogos.

• A CBF diz que não, pois também entrará em vigor um novo contrato firmado com a Globo, garantindo que as cotas do Brasileiro vão aumentar. Mas, acreditar na palavra desses dirigentes da CBF é o mesmo que esperar pela proeza do Sargento Garcia prender o Zorro. (Fecha o pano!)
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