30 de setembro, de 2017 | 07:17
Áudio revela conversa do deputado João Magalhães com o executivo da JBS Ricardo Saud sobre propina de R$ 4 milhões
O parlamentar, que hoje é deputado estadual em Minas, confirma na gravação que teve medo de ser pego pela Polícia Federal e o vice-governador de Minas ficou com sua parte no dinheiro
O deputado estadual João Magalhães (PMDB) é protagonista de um dos novos áudios da delação da JBS que vieram a público nesta sexta-feira (29). Magalhães conversa com o executivo Ricardo Saud sobre dinheiro que deveria lhe ter sido repassado. O parlamentar mineiro é de Matipó, na Zona da Mata mineira, mas atua também em Manhuaçu, cidade governada pela irmã dele, Cici Magalhães. O deputado também atua no Vale do Aço, e na eleição passada obteve votos em todas as cidades da região.
Segundo publicou ontem a revista "Veja", com relatos da gravação, seriam R$ 4 milhões em propina que teriam sido prometidos ao parlamentar e ao atual vice-governador de Minas, Antonio Andrade, além de outros deputados da bancada mineira na Câmara dos Deputados. Magalhães, no entanto, acabou não recebendo o repasse, por medo de ser flagrado transportando o valor, que sairia da JBS.
O parlamentar, que hoje é deputado estadual em Minas, confirma na gravação que teve medo de ser pego pela Polícia Federal. Ao recusar-se a transitar com os recursos para o interior do Estado, Andrade, que teria recebido a propina pelos dois, acabou ficando com a totalidade do valor, de acordo com os relatos da gravação.
"Nós chegamos na Pampulha [aeroporto para voos particulares em Belo Horizonte]. Eu tava indo para um comício em Mantena. [Como] vou descer em Governador Valadares? A Polícia Federal em Valadares é em frente ao aeroporto. Aí você chega com uma mochila cheia de dinheiro?", diz Magalhães.
Saud então diz ao deputado que ele "tomou um chapéu", ou seja, foi passado para trás. "Nós resolvemos tudo. Aquilo tá resolvido. Você tomou um chapéu", diz o executivo ao parlamentar.
Em nota, a J&F (controladora da JBS) disse que os áudios divulgados pela revista já tinham sido recuperados dos aparelhos entregues há meses por Joesley Batista à Polícia Federal. Segundo a empresa, os arquivos estavam com sigilo decretado pelo Supremo Tribunal Federal por se tratar de diálogos entre advogados e clientes.
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Palhaço de Orizânia
30 de setembro, 2017 | 12:55Nóis de Orizânia temo certeza qui ocê "num vai preso". Aqui o povo também é muito intiligente , iguar o de Manhuaçu (com cedilha, por favor), portanto, pode contar conosco. Viva João Magalhães!”
Teteca
30 de setembro, 2017 | 12:26Povo burro né? Mesmo ouvinão o desgraçado pego em gravação.”
Boneco de Olinda
30 de setembro, 2017 | 08:46Mentira. É tudo armação, João Magalhães é homem probo honesto.
Manhuacu e região está contigo.
Aqui o povo é inteligente e vai continuar votando em você e na sua família toda.
Viva João Magalhaes!”