20 de setembro, de 2017 | 23:00
Governo admite que pode acabar com horário de verão
Enquanto decisão não é tomada, horário brasileiro de verão está agendado para ter início dia 14 de outubro
O governo admitiu nesta quarta-feira (20) que estuda a possibilidade para acabar com o horário de verão. O assunto está em avaliação na Casa Civil e caberá ao presidente Michel Temer bater o martelo, conforme publicado por agências.A intenção da equipe envolvida nas discussões é decidir sobre o tema nas próximas semanas, já que o próximo período de vigência do horário diferenciado está programado para começar em 14 outubro de 2017, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora, e vai até fevereiro .
O governo alega que, quando horário de verão foi criado com o objetivo de economizar energia elétrica durante o período em que está em vigor. Um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e do Ministério de Minas e Energia concluiu, no entanto, que essa política pública traz efeitos próximos à neutralidade” com relação à economia de energia elétrica. Ou seja, o principal objetivo da medida, economizar eletricidade, não é mais atingido. Foi a partir daí que o assunto passou a ser analisado por outros entes do governo.
A avaliação é de que o período em que a maior parte do país adianta o relógio em uma hora já faz parte dos costumes e da cultura do brasileiro. Por isso, a decisão que vier a ser tomada levará em conta também esses aspectos, além da capacidade de economizar energia.
Entre os técnicos que defendem a medida dentro do governo, o argumento é de que o horário pode ser positivo para setores como comércio e turismo, apesar do pouco impacto na economia de energia. Isso porque as pessoas têm mais uma hora para consumir, o que seria benéfico para empresas desses setores econômicos.
A Casa Civil informou que foi criado um grupo de trabalho especialmente dedicado a analisar a eficácia do horário de verão, após a conclusão dos estudos técnicos. Disse ainda que uma decisão deve sair em breve”, mas não deu prazo. A decisão cabe apenas ao Poder Executivo, ou seja, não precisa passar pelo Congresso Nacional.
As discussões sobre o horário de verão ganharam força no governo após um estudo do ONS e do ministério constatar que a adoção desta política pública atualmente traz resultados próximos à neutralidade para o consumidor brasileiro de energia elétrica, tanto em relação à economia de energia, quanto para a redução da demanda máxima do sistema”. O estudo atribui esse resultado à mudanças no perfil” da sociedade e na composição da carga”, que vem sendo observado nos últimos anos.
No passado, quando o horário era mais eficiente, as pessoas e empresas eram estimuladas a encerrarem suas atividades do dia com a luz do sol ainda presente, evitando que muitos equipamentos estivessem ainda ligados quando acionada a iluminação noturna.
A mudança do perfil do brasileiro, no entanto, mudou as características do consumo. Muita gente deixou de ter um horário tradicional de trabalho, chegando em casa já à noite. Além disso, principalmente durante as tardes de verão, o uso de equipamentos, como o ar condicionado, foi intensificado.
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Carlos
21 de setembro, 2017 | 19:00Glórias a Deus! Tomara que acabe mesmo,pois atrapalha a vida da gente em tudo,até para ir para igreja com o sol no topo ainda é uma tristeza.”
Arthur
21 de setembro, 2017 | 12:56Acaba e manda pro inferno... nao faz diferença nenhuma na economia... um pesadelo pra quem tem que dormir cedo e acordar cedo e aquele calor do verão invadindo sua noite...”
Flávio
21 de setembro, 2017 | 11:17Só o Brasil mesmo.”