19 de setembro, de 2017 | 12:02

Leishmaniose já provocou 43 óbitos este ano em Minas Gerais

Número de mortes pela doença transmida dos cães para o homem já supera os casos fatais de dengue

Mosquito palha transmite o causador da doença dos cães para o homemMosquito palha transmite o causador da doença dos cães para o homem


A leishmaniose, que pode resultar em morte em 90% dos casos quando não tratada adequadamente, já levou à morte 43 pessoas este ano, em Minas Gerais. Com dados em queda até 2013, a leishmaniose visceral voltou a crescer no estado, registrando alta de 74% no número de diagnósticos humanos, na comparação com o ano passado.

Naquele ano, 319 pessoas tiveram a doença, contra 558 em 2016. E neste ano, até 31 de agosto, 409 pacientes já foram diagnosticados, o que representa 73,2% de todo o ano passado. As mortes provocadas pela doença seguem também no ritmo de alta: foram 37 em 2013, contra 57 três anos depois. Em 2017, até agosto, 43 pessoas perderam a vida pelo agravamento da enfermidade, que atinge também os cães. Para efeito de comparação, até ontem a dengue tinha provocado 13 óbitos neste ano em Minas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, pelo jornal Estado de Minas.

A leishmaniose é causada pelo protozoário tripanossomatídeo Leishmania chagasi. Ela é transmitida por vetores conhecidos como mosquitos-palha, que vivem e se reproduzem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico. Ao picar o cão e também o homem, o mosquito transmite a doença. O animal não contamina diretamente a humanos, mas passa a ser um reservatório do protozoário, com potencial para perpetuação do ciclo. Não há, na rede pública, tratamento para o animal. E, como há indicação do Ministério da Saúde de recolhimento e eutanásia, a doença costuma ser uma sentença de morte para o animal.

Em humanos, a leishmaniose visceral causa manchas no corpo, febre, anemia, palidez acentuada e inchaço abdominal, fraqueza e aumento das vísceras – principalmente do baço, do fígado e da medula óssea. Os cães apresentam sinais como emagrecimento, perda de pelos, lesões na pele e, na fase final da doença, crescimento desordenado das unhas.




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