18 de setembro, de 2017 | 18:40
Outro erro
A 14ª rodada do Campeonato Brasileiro foi marcada por um grande erro da arbitragem, no gol visivelmente irregular marcado por Jô com o braço, o único da partida em que o Corinthians derrotou o Vasco, em São Paulo.No domingo, pela manhã, o Atlético empatou fora de casa, 1 x 1, com o modesto Avaí, decepcionando sua torcida, que viu novamente um time de ataque inoperante, muita posse de bola improdutiva, toques excessivos para os lados, enfim, nada ainda de mudança significativa sob o comando do técnico Rogério Micale, em relação aos seus antecessores.
Fechando a rodada, o Cruzeiro, no Mineirão, com seu time principal, encontrou muitas dificuldades, perdeu um pênalti com Thiago Neves, mas, apesar de não jogar bem, derrotou o Bahia por 1 x 0, gol de cabeça do zagueiro Léo, em cobrança de escanteio no 2º tempo, quando o jogo parecia caminhar para o empate.
O pensamento de todos na Raposa está voltado para a decisão da Copa do Brasil, dia 27, no Mineirão, contra o Flamengo, quando irá com tudo em busca do pentacampeonato, o que poderá lhe garantir uma vaga direto na fase de grupos da Libertadores.
Mais perdas
Este tem sido um ano doloroso para nós da imprensa esportiva, com inúmeras perdas de companheiros, gente por quem tínhamos grande apreço e admiração, como nos casos recentes do narrador Willy Gonser e do jornalista Luiz Carlos Alves, ambos de Belo Horizonte.
Na região, perdemos na semana passada o jornalista Daniel Borges, o Nié Borges, como era conhecido, que também foi presidente da Liga de Desportos de Ipatinga, onde realizou uma boa gestão e deixou muitas saudades.
Neste fim de semana um outro jornalista nos deixou, Marcelo Rezende, ícone da Rede Record, que lutava contra um câncer e virou símbolo nacional pela coragem como enfrentou essa terrível doença.
O que muita gente talvez não saiba é que, antes de alçar fama em todo o Brasil pela TV apresentando um programa policial, Rezende foi uma figura de destaque do jornalismo esportivo. Iniciou a carreira no extinto Jornal dos Sports”, com passagem pelo O Globo”, ambos do Rio de Janeiro, onde foi colega de redação do grande Nelson Rodrigues, e na revista Placar”, em São Paulo, pela qual cobriu a Copa de 82, na Espanha.
Rezende dizia que a derrota da seleção comandada por Telê Santana o fez desencantar com o futebol, cuja cobertura diária deixou em 1990 para se dedicar ao trabalho na TV. E foi dele a melhor definição que já vi sobre quem lida com as notícias e fatos do esporte no dia a dia: O jornalista esportivo é o único que vê o antes, o durante e o depois”. Marcelo Rezende (12-11-51/16-09-2017).
FIM DE PAPO
Chamou muito a atenção o horroroso visual do gramado do Mineirão, neste jogo do último domingo entre Cruzeiro e Bahia. Além de buracos, o gramado - antes impecável - tinha inúmeras manchas, provenientes do desgaste provocado pelo palco e estrutura montados para sediar um festival de música sertaneja na semana passada.
Nada contra a realização de shows, sobretudo porque a concepção das novas arenas permite e eles são necessários para bancar os custos de manutenção, que só com o futebol não é possível. O questionamento é quanto ao tempo de recuperação do gramado, estimado pela Minas Arena, administradora do estádio, em 15 a 20 dias, enquanto em outros locais, como as arenas do Palmeiras e Atlético-PR, o mesmo trabalho é feito em apenas uma semana.
De contestado e vaiado pela torcida no início deste ano, quando o time todo foi mal, o zagueiro Léo deu a volta por cima e saiu do Mineirão bastante elogiado, ao fazer o gol que deu a vitória magra de 1 a 0 ao Cruzeiro sobre o Bahia. Com este gol, Léo se isola como terceiro zagueiro-artilheiro do clube, 18 gols em 272 jogos, média de 0,06 por partida.
Embora esta marca tenha sido muita exaltada pela imprensa festiva da capital, nem de longe chega perto do feito obtido por outro zagueiro, o valadarense Geraldão, que defendeu o Cruzeiro de 1979 a 1981, e que marcou 30 gols em 170 partidas, alcançando uma média de 0,17 gols por jogo. Geraldão, que entre outros títulos foi campeão mundial de clubes pelo Porto, de Portugal, em 1987, atualmente está com 54 anos.
Ele tentou a carreira de treinador sem grande sucesso, mas deixou seu nome gravado na história do Tigre, pois sob o seu comando, o clube obteve o primeiro acesso, em 1997, da Terceira para a Segunda Divisão estadual.
Por falar no Ipatinga, o time dirigido por Eugênio Souza aplicou 3 x 0 sobre o Bétis, em Ouro Branco. Na próxima sexta-feira tem um importantíssimo jogo contra um adversário direto, o Coimbra, com quem vem alternando a liderança da Terceirona. A partida será no Ipatingão, que deverá receber novamente um grande público.
O horário do jogo, 19h, também ajuda no comparecimento da torcida, uma vez que não temos grandes problemas de trânsito e, em muitos casos, dá até para quem sai do trabalho às 18h passar em casa, tomar um banho e chegar ao Ipatingão sem atropelos, antes da bola rolar. (Fecha o pano!)
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