12 de setembro, de 2017 | 23:30

Comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio pede exoneração

Operação prendeu militares envolvidos em esquema de venda de alvarás para funcionamento de estabelecimentos comerciais, casas de espetáculos e até estádios de futebol

O secretário de Defesa Civil do estado do Rio de Janeiro e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Ronaldo Alcântara, pediu exoneração do cargo nesta terça-feira (12) após a operação que prendeu bombeiros militares envolvidos em um esquema de venda de alvarás para funcionamento de estabelecimentos comerciais, casas de espetáculos e até estádios de futebol. A informação foi confirmada pelo Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
Divulgação / UFRJ
Coronel Ronaldo Alcântara pediu exoneração do Corpo de Bombeiros, depois de operação que prendeu 31 militares Coronel Ronaldo Alcântara pediu exoneração do Corpo de Bombeiros, depois de operação que prendeu 31 militares


Dois assessores diretos do secretário de Defesa Civil estariam envolvidos no esquema. O atual subcomandante-geral e chefe do Estado-Maior Geral, coronel Roberto Robadey, responderá pelo comando da corporação, bem como pela secretaria de Estado de Defesa Civil, por determinação do governador.

A Secretaria de Defesa Civil vai divulgar um comunicado sobre o pedido de exoneração do secretário ao governador Luiz Fernando Pezão.

Até o momento, já foram cumpridos 34 dos 38 mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. A ação foi realizada nas casas dos suspeitos, quarteis do Corpo de Bombeiros e sede de empresas envolvidas.

Os dois assessores do secretário indicavam os comandantes das unidades, que contavam com a participação dos bombeiros lotados no setor de Engenharia, além de bombeiros da reserva e civis, que intermediavam os pagamentos das propinas pagas por empresários para obtenção do documento que permitia o funcionamento do empreendimento.

Fluminense

Na ação, foi identificada também a falta de um documento para liberação, no ano passado, do Estádio Giulite Coutinho, do clube América, em Edson Passos, na cidade de Mesquita, na Baixada Fluminense. O estádio era usado pelo Fluminense.

O Fluminense informou, por meio de nota, que" jamais se valeu de práticas ilegais e nem se utilizou de vantagens indevidas com qualquer órgão público. O clube repudia atitudes irregulares em todas as suas formas e preza pelo cumprimento da legislação em vigor. O Fluminense sempre cumpriu todas as exigências necessárias para atuar dentro da normalidade. A instituição se coloca à disposição para o que for necessário".
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Comentários

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Carlos Henrique Marques

13 de setembro, 2017 | 06:51

“Esperamos que as investigações punam pessoas e não a corporação. O Corpo de Bombeiros Militares é uma das poucas instituições desse país que goza da excelente reputação entre as pessoas. Se forem caindo, um a um os nossos heróis em quem poderemos ter esperança?”

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