12 de setembro, de 2017 | 17:25
Amigos e familiares sepultam o jornalista Daniel Borges, o Nié
Nié era casado e deixa a mulher, quatro filhos e netos
Wôlmer Ezequiel
O jornalista Daniel Borges Pereira foi sepultado no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga
Uma cerimônia, no fim da tarde desta terça-feira, marcou o sepultamento do jornalista Daniel Borges Pereira, de 62 anos, no Cemitério Parque Senhora da Paz, em Ipatinga. Popularmente conhecido como Nié, ele morreu na tarde de segunda-feira (11). Daniel tentava reagir ao tratamento de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas seu quadro de saúde piorou e ele veio a óbito. Nié era casado e deixa a mulher, quatro filhos e netos.Natural da Bahia, Nié chegou a Ipatinga em 1962. Ele trabalhou no extinto Departamento de Esporte e Lazer da Prefeitura de Ipatinga, mas passou grande parte de sua vida atuando no mundo do futebol amador. Também foi cronista esportivo do Diário do Aço, no começo da década de 1990, e editor de esportes e revisor, no extinto Jornal Vale do Aço.
O esportista foi, ainda, dirigente da Liga de Desportos de Ipatinga (LDI) por dois mandatos.
Por longa atuação no esporte e no jornalismo, Daniel Borges recebeu inúmeras homenagens por ocasião de sua passagem. Amigo de infância e das peladas nos campos, o cronista esportivo Paulo Roberto Malta explica que, depois de se aposentar, Nié estava afastado do meio esportivo e dedicava todo seu tempo aos familiares, à mulher, Nely, e aos filhos Danielzinho, os gêmeos Davi e Antônio, e Gabriela, além dos netinhos.
Marcelo Luciano Costa Santos, ex-colega de redação, lembra que Nié Borges foi um dos primeiros a cobrir o Ipatinga Futebol Clube, "quando a equipe ainda estava curiosamente onde está hoje: na Terceira Divisão do Mineiro.
Cruzeirense fanático, era um terror quando o time celeste vencia, mas principalmente - para nós atleticanos - quando o Galo perdia. Era também implacável em sua função oficiosa de ombudsman, nos chamando a atenção, sempre para o nosso bem, sobre os erros que saiam em cada edição", observou.
Acidente
A paixão de Nié Borges pelo futebol custou-lhe uma das pernas. Quando tinha 10 anos, participava de um jogo, em Dom Cavati, quando a bola foi chutada para fora de campo. No afã de apanhá-la, Nié foi atropelado por um carro na BR-116.
Apesar de perder a perna esquerda nesse acidente, Daniel Borges não se deixou abater e atuou como goleiro até os 17 anos. Em uma época em que não se falava, ainda, no esporte paraolímpico, sua presença em campo era motivo de grande espanto, especialmente em cidades de menor porte. E foi assim que Nié ganhou fama como "o goleiro de uma perna só".
MAIS FOTOS
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Fábio Ferraz de Souza
13 de setembro, 2017 | 13:03Conheci o Daniel excelente pessoa sempre prestativo. Fez várias matérias com meu filho que na época participava de campeonatos de Taekwondo. Sempre que procurado me atendia com muita atenção. Que Deus conforte todos os familiares.”
Marcos Guimarães
13 de setembro, 2017 | 10:27Hoje vou apenas fazer uma crônica e tentar homenagear nosso amigo Nié!!!!
Quando um jornalista "morre", não morre, a morte não cala o som da sua voz
a morte não tem o poder de fazer calar suas palavras;
Uma vez me disseram , ainda pequeno, que Deus precisa de gente no céu;
e ele manda meninos para essa terra e os treina, assim também o invejoso Diabo o faz;
Bandidos e mocinhos recrutados para a eterna batalha no além, do bem contra o mal;
Deus precisava de um bom jornalista, que soubesse ser um doce palhaço equilibrista, buscou na Terra,
e viu Nié, o esportista;
Cerrou-lhe a mente, deu-lhe as visões do céu, o novo campo de trabalho;
e pôde ver num futuro distante, ali no Garden, junto dele, todos os seus amados;
E não se segurou à vida mesquinha e terrena, partiu como bom soldado....
O tempo é veloz e a vida pequena!!!!!
Foi-se com Deus, agora a escrever as crônicas do céu!
E um dia, a gente se encontra;
A gente se vê!”
Paulo Roberto Malta
12 de setembro, 2017 | 19:13um amigo, um irmão que deixou um legado importante, como pai de família, cidadão, sem contar que foi um dos grandes dirigentes esportivos de nossa cidade, muita tristeza na despedida deste grande amigo.”