11 de setembro, de 2017 | 18:27

Drama alvinegro

Falta de criatividade, força ofensiva, padrão de jogo, vontade de vencer, estes foram alguns dos muitos defeitos do Atlético, que impediram uma vitória sobre o Palmeiras no último sábado à tarde, no Independência, mesmo tendo dois jogadores a mais que o adversário em quase todo o segundo tempo, devido às expulsões de palmeirenses.

Valdívia e o goleiro Victor foram os melhores do time, com destaque negativo para o lado direito da zaga, onde Alex Silva e Léo Silva deixaram a desejar, sobretudo no gol palmeirense.

Mas nada se compara ao trio Fred, Robinho e Elias, três dos principais salários do clube e esperanças da torcida alvinegra nesta temporada, que foram os piores entre os piores em campo. Fred ainda perdeu um pênalti, bisonhamente, ao devolver praticamente a bola nas mãos do goleiro Fernando Prass.

Tudo isso somado aos erros cometidos pelo treinador Rogério Micale nas três substituições, fato que o fez ser brindado com o sonoro “burro, burro” vindo das arquibancadas, resultou neste empate de 1 x 1 que expôs novamente as mazelas do elenco, fazendo a torcida alvinegra ficar mais apreensiva quanto ao futuro da equipe neste Brasileirão.

Cumpriu o dever
O Cruzeiro poupou alguns titulares e cumpriu com louvor seu dever de time mais qualificado tecnicamente, ao derrotar a Chapecoense fora de casa por 2 x 1, mantendo-se firme no G-6, que dá uma vaga na Libertadores de 2018.

O foco principal tem de ser mesmo a decisão da Copa do Brasil contra o Flamengo, no próximo dia 27, no Mineirão, mas sem perder o rumo no Brasileirão.

O excesso de jogos atinge a todos e com o Cruzeiro não seria deferente, necessitando poupar vários titulares desgastados em alguns jogos para estarem inteiros naquele que será o jogo do ano contra o Flamengo, onde o clube vai em busca do penta na Copa do Brasil.

Dentro do que o técnico Mano Menezes chama de “saber sofrer”, o time celeste levou sufoco em vários momentos, mas soube esperar e utilizar de maneira eficiente o contra-ataque, para fazer os dois gols e ganhar da Chape por 2 x 1, assegurando importantes três pontos na classificação.

Agora, todo o elenco celeste terá um descanso de dois dias, reiniciando as atividades somente amanhã na Toca 2, contando ainda com a vantagem de não precisar viajar no próximo fim de semana, pois vai receber o Bahia no domingo, no Mineirão.

FIM DE PAPO
Lá se foi a 23ª rodada do Brasileirão. Agora faltam somente 15 para o fim da principal competição nacional, que entra numa fase decisiva com uma disputa ferrenha nos dois extremos da tabela. Dos cinco primeiros colocados, só o Santos, o 3º, conseguiu vencer. O líder, Corinthians, que inegavelmente vive o seu pior momento na disputa, perdeu pela terceira vez em quatro jogos neste segundo turno, ainda mantendo uma vantagem folgada de 7 pontos sobre o 2º colocado, o Grêmio, e 9 do próprio Santos, o 3º.

O 4º colocado, Palmeiras, empatou com o Galo, que perdeu uma posição e vê sua tentativa de entrar no G-6 ficar cada vez mais complicada. O 5º, o Flamengo, poupou titulares pensando na decisão da Copa do Brasil contra o Cruzeiro e perdeu o clássico carioca para o Botafogo, o que tornou a disputa por vaga na Libertadores ainda mais embolada, pois o Cruzeiro venceu fora de casa a Chape e se manteve firme no G-6, tendo no seu calcanhar Botafogo, Vasco, Atlético Paranaense e por aí afora.

A parte de baixo teve apenas uma alteração, que foi a saída do Avaí, após a vitória fora de casa sobre o Sport. Pela ordem, Vitória, Chapecoense, São Paulo e Atlético Goianiense seriam os rebaixados se a disputa terminasse agora.

Os matemáticos acham que ainda é cedo para cravar apostas, pois a diferença é de apenas três pontos do Vitória, 17º e primeiro da ZR, para o Sport, 12º colocado com 29 pontos ganhos. A 23ª rodada, sem contar o jogo de ontem entre o lanterna Atlético Goianiense x Bahia (16º, 26PG), registrou 21 gols e média de público de 15 mil torcedores por jogo.

No fechamento do turno, foi excelente a vitória do Ipatinga sobre o Ponte Nova, no último sábado, pela Terceirona mineira, o que deixou a equipe quadricolor com 16 pontos, brigando na cabeça com o Coimbra, Democrata/SL e Poços de Caldas pelo acesso ao Módulo II da FMF do ano que vem. O artilheiro do Tigre e da disputa, Paulo Henrique, voltou a marcar e se isolou com 9 gols, à frente de Eraldo, do União Luziense, com 8.

A grande decepção até agora é o Atlético B, que antes da bola rolar era tido como favorito absoluto ao acesso, mas terminou o turno apenas em 6º lugar, ainda por cima com uma goleada de 4 x 1 no lombo, sofrida para o Democrata/SL no último domingo. (Fecha o pano!).