02 de setembro, de 2017 | 09:48

Só aqui

Divulgação
Pois só podia ser aqui mesmo, onde a dona CBF é a “administradora”, entre aspas mesmo, sob o comando de um presidente que não pode viajar ao exterior para não ser preso por corrupção, que se tem um domingo sem atividade na principal competição nacional, o Campeonato Brasileiro, mesmo com um calendário maluco que prevê jogos até três vezes por semana.

Mas, para a dona CBF, o que importa é proteger a sua “galinha dos ovos de ouro”, a Seleção, que lhe garante cotas de patrocínio milionárias cada vez que entra em campo, irrigando de dinheiro os seus já abarrotados cofres.
A Seleção da CBF jogou na última quinta-feira (31) e venceu com o pé nas costas o Equador, por 2 x 0, na Arena Grêmio, em Porto Alegre, e agora viaja para enfrentar a Colômbia nesta terça-feira, cumprindo tabela, pois já se garantiu em primeiro lugar na disputa das eliminatórias da Copa de 2018 na Rússia.

E para que nada tire o foco da sua “galinha dos ovos de ouro”, a Seleção, sem levar em conta que a maioria absoluta dos jogadores que dela fazem parte jogam no exterior, uma autêntica legião estrangeira que, mecanicamente, canta o hino antes das partidas, o Brasileirão é paralisado, deixando o domingo vazio.

Sem concorrentes
Independentemente do resultado do jogo isolado entre Grêmio e Sport, realizado ontem, em Porto Alegre, o Corinthians, na pior das hipóteses, considerando uma vitória dos gaúchos, continuaria com uma enorme vantagem, 7 pontos, sendo o favorito absoluto para conquistar o título brasileiro.

A campanha do “Timão” no primeiro turno foi irretocável, não por apresentar um futebol de altíssimo nível, nada disso, mas, e sobretudo, pelo nível limitado de seus adversários.

Mas eis que começou o segundo turno e, logo nas três primeiras rodadas, o líder e favorito sofreu duas derrotas para equipes do Z-4, um deles, o Atlético Goianiense, lanterna e pior time do campeonato, ainda mais jogando em casa, diante de sua fiel e fanática torcida.

O técnico Fábio Carille deixou no ar uma questão, afirmando que só três equipes - Grêmio, Santos e Palmeiras - poderão ameaçar a caminhada corintiana rumo ao título. Sei não. O Grêmio, em casa, já perdeu dois pontos ao empatar com o fraco Atlético-PR, enquanto o Santos, em três rodadas, só empatou, e o Palmeiras, em casa, conseguiu perder para a Chapecoense.

Portanto, a realidade nua e crua do nosso futebol é esta: não vejo adversários em condições de tirar o título do Corinthians, não por ser este um grande time, de qualidade superior ou impecável, mas porque simplesmente possui o que nenhum outro tem: eficiência e equilíbrio.

FIM DE PAPO
• Pelo menos para nós, mineiros e paranaenses, a bola não parou de rolar. Temos a semifinal da maltratada Copa Primeira Liga, depois que Atlético e Cruzeiro eliminaram Internacional e Grêmio, respectivamente, enquanto Paraná e Londrina passavam pela dupla carioca Fla-Flu. Caso o Galo tenha passado pelo Paraná, ontem, no Independência, e o Cruzeiro se classifique diante do Londrina, jogo previsto para hoje, às 11h, no norte do Paraná, teremos uma final mineira entre os dois grandes rivais, prevista para o dia 8 de outubro. Resta saber como ambos estarão até lá, em relação à classificação para a Libertadores de 2018.

• Boas novidades com ótimos lançamentos de livros na área esportiva, a começar pelo livro de memórias do jornalista Juca Kfouri, que tem o título “Confesso que perdi”. A noite de autógrafos será no dia 3 de outubro, na Livraria Saraiva do Shopping Higienópolis, em São Paulo, mas quem quiser já pode comprar o livro por R$ 39,90. Para isso, basta acessar o link https://www.saraiva.com.br/confesso-que-perdi-memorias-9821678.html.

• O ex-jogador e atual senador Romário Faria lançou ontem na Bienal, no Rio de Janeiro, o polêmico livro “Um olho na bola, outro no cartola – O crime organizado no futebol brasileiro”. A CBF bem que tentou de todas as maneiras proibir a circulação do livro do “baixinho marrento”, mas o juiz Fábio de Souza Pimenta, da 32ª Vara Cível de São Paulo, negou o pedido da entidade e o livro de Romário poderá ser encontrado nas livrarias.

• O jornalista, professor universitário e escritor Paulo Cezar Guimarães acaba de lançar o livro “Sandro Moreyra - Um autor à procura de um personagem”, da Editora Gryphus. Já adquiri um exemplar e recomendo a sua leitura, mesmo aos mais jovens ou quem não é do tempo de Sandro Moreyra, que faleceu em 1987. Sandro era um botafoguense roxo, grande jornalista e colunista esportivo, um inesquecível personagem atuante nos bastidores do futebol carioca dos anos 60/70, autor de textos que, além de sagazes, eram muito finos e sempre bem-humorados. (Fecha o pano!)
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