31 de agosto, de 2017 | 17:37
Pais e Federação das Apaes de Minas Gerais destituem diretoria da entidade em Ipatinga
Pais de estudantes e demais associados da Apae de Ipatinga retiraram a diretoria que comandava a instituição, por meio de assembleia
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Ipatinga está sob intervenção. Uma assembleia de pais, com acompanhamento pelo presidente da Federação das Apaes do Estado de Minas Gerais (Feapaes-MG), deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB), destituiu a presidência e toda a diretoria que administravam a instituição no município.A assembleia, realizada na segunda-feira (28), retirou do cargo de presidente Erivalton Martins Pereira, que substituía a presidente licenciada Ana Maria Andrade. Em entrevista à TV Cultura Vale do Aço, Erivalton disse que considerava a decisão como ilegal. De acordo com o estatuto, esta assembleia não tem fundamento, pois o edital tem que ser publicado com o motivo da reunião. Além disso, é necessário instaurar uma comissão de ética para apurar eventuais denúncias. Até então, não houve nenhuma denúncia na instituição”, afirma.
Em nota enviada ao Diário do Aço, a Feapaes-MG informa que a convocação da assembleia deu-se por requerimento de 1/5 dos associados da Apae de Ipatinga, conforme previsão trazida no estatuto e no Código Civil. Os associados, insatisfeitos com a gestão da Apae, convocaram a Assembleia Extraordinária no intuito de destituir seus administradores. Integram o corpo de associados os pais de pessoas com deficiência bem como aqueles que contribuem mensalmente com a Apae. No decorrer da Assembleia, as partes tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas sendo a destituição colocada em votação e aprovada pelos presentes”, pontua.
A nota, assinada pela procuradora jurídica da Feapaes-MG, Maria Tereza Feldner, ainda informa que na oportunidade, também foi aprovada uma comissão que responderá pela Apae nesse período e conduzirá o processo eleitoral em um prazo aproximado de 60 dias”.
Melhorias
A mãe de um estudante da Apae de Ipatinga, Gleice Gonçalves, afirma que o motivo da mudança é para reivindicar melhorias no atendimento dos alunos e familiares. Não havia uma parceria entre escola e família. Nosso intuito é melhorar a qualidade dos atendimentos. Estamos tentando melhorar as condições para os nossos filhos”, pondera a mãe.
Segundo nota divulgada nesta semana nas redes sociais, a mudança foi feita para atender interesses puramente políticos, com objetivos nas Eleições de 2018. A nota ainda enfatiza que a instituição foi entregue a pessoas que não possuem capacidade necessária para o exercício da administração.
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