25 de agosto, de 2017 | 14:19

Câmara de Caratinga cassa mandato de vereador que tomou posse algemado

Ronilson Marcílio Alves (PTB) foi condenado por extorquir um padre em R$ 200 para não divulgar vídeo com imagens íntimas

Diário de Caratinga
Ronilson Marcílio tinha sido eleito pelo PTBRonilson Marcílio tinha sido eleito pelo PTB
Por 13 votos a favor e 3 abstenções, o vereador Ronilson Marcilio Alves (PTB), condenado por extorsão em maio deste ano, teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores de Caratinga por quebra de decoro parlamentar. O PSD (Partido Social Democrático) pediu a cassação de Ronilson por ele proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo, devido ao crime praticado pelo vereador. A votação do relatório final da Comissão Parlamentar Processante (CPP), que pedia a cassação de Ronilson, teve início às 21h30 desta quinta-feira (24), após os argumentos apresentados em Plenário pelo advogado de Ronilson, Dário Júnior.

No processo de cassação, Ronaldo Gomes de Carvalho, o Ronaldo da Milla (PSB), que tomou posse no lugar de Ronilson em 14 de junho, não teve direito a voto. Votaram a favor da cassação: Carlindo Izidoro Gonçalves, Cleon Comini Coelho, Denis Gutemberg, Diego de Oliveira, Johny Claudy, José Cordeiro, Mauro César, Neuza de Freitas, Rômulo Costa, Sebastião Inácio Guerra, Valdeci Dionísio da Silva, Valter Cardoso de Paiva, e Welington Batista Correa, o Helinho. Abstiveram-se de votar: Ricardo Heleno Gusmão, Cleider Costa de Medeiros e Paulo Barbosa Marques, o Paulinho de Dom Lara.

A CPP foi composta pelos vereadores Guerra, Mauro César e Carlindo Izidoro. Guerra foi o presidente, Mauro César, o relator, e Carlindo, secretário. De acordo com a Câmara, Ronilson ainda pode contestar a cassação do mandato junto à Justiça.

Entenda
Ronilson e os demais acusados do crime de extorsão foram presos na Operação “Bolso Cheio” da Polícia Civil, realizada em 29 de novembro de 2016. As investigações, foram comandadas pelo delegado Luiz Eduardo Moura Gomes, apuraram que Ronilson e seu chefe de campanha, Giorge Carvalho Lima, com outros dois comparsas, Bruno dos Anjos Freitas e Alessandro Augusto Teixeira Pinheiro, estariam exigindo R$ 200 mil para não divulgarem imagens e documentos íntimos que poderiam comprometer a honra do padre José Antônio Nogueira. Giorge, Bruno e Alessandro foram detidos antes de Ronilson, que ficou foragido no Rio de Janeiro. O vereador Ronilson Marcílio Alves está preso desde o dia 19 de dezembro de 2016, quando foi acusado de extorsão e formação de organização criminosa.

Em maio deste ano, o vereador Ronilson foi condenado a cinco anos e quatro meses pelo crime de extorsão em regime semiaberto e perdeu o seu mandato na Câmara de Caratinga, em sentença proferida pelo juiz Consuelo Silveira Neto. A decisão ainda cabe recurso. (Com informações: Portal Super Canal)
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